REINALDO SILVA
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A simplicidade pode revelar histórias profundas de respeito, entrega e amor. No depoimento a seguir, uma criança de Paranavaí relata como foi a experiência durante o tempo que passou com uma família acolhedora:
“Bem legal, ela me deixa brincar, é muito divertido. É uma família bonita, já fui passear para vários lugares. Eu já fui para São Paulo, eu já fui para Maringá e já fui para a roda gigante.”
Ser uma família acolhedora é ajudar alguém no momento de necessidade. Trata-se de um serviço público oferecido pela Prefeitura de Paranavaí desde 2019 e que garante abrigo temporário para crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade.
Interessados em acolher esse público fazem capacitações e abrem as portas de casa de forma voluntária para receber aqueles que são afastados da família de origem.
Psicóloga e coordenadora do Família Acolhedora em Paranavaí, Alessandra Ferreira da Silva Rossini explica que o atendimento pode durar até um ano e meio, conforme determinação judicial.
Para participar, é preciso cumprir algumas exigências: a idade mínima é 25 anos, é preciso que alguém da família tenha renda fixa e nenhum integrante deve ter envolvimento com álcool ou drogas ilícitas. Outra regra para as famílias acolhedoras é não estarem inscritas no Cadastro Nacional de Adoção.
O serviço é aberto para pessoas solteiras e casadas, sem restrição quanto ao ingresso de casais homoafetivos. Atualmente Paranavaí conta com sete famílias acolhedoras, sendo a capacidade total 15.
EXPOSIÇÃO
Nesta quarta-feira (29), a equipe do serviço Família Acolhedora de Paranavaí organizou um evento aberto a toda a comunidade. A exposição de cartazes e fotografias mostrou os resultados dos trabalhos realizados no município há cinco anos.
Além do depoimento apresentado no começo desta matéria, foi possível conhecer as impressões de outras pessoas envolvidas, como mostra a frase elaborada por uma família acolhedora e reproduzida em um dos cartazes:
“Enquanto família acolhedora, podemos oferecer a criança/adolescente muito amor, que é fundamental para a vida. O amor que recebemos muda tudo, muda o mundo. Podemos mostrar a essa criança/adolescente que a vida pode, sim, ser diferente e que o mundo não é feito só de dor. Afinal, o acolhimento é a chave para a empatia e a compaixão entre as pessoas.”
Ao longo do dia, a equipe multidisciplinar responsável pelo serviço recebeu agentes públicos que integram a rede de proteção de crianças e adolescentes, representantes de instituições e entidades e moradores de Paranavaí.
Assistente técnica do Núcleo Regional de Educação, a pedagoga Telma Valério da Silva foi uma das visitantes. Já tinha ouvido falar do Família Acolhedora, mas não conhecia os detalhes. Decidiu ir à exposição e saiu comovida. “Ver o relato das crianças é emocionante.”
Ela destaca a importância da iniciativa das famílias voluntárias, que se dispõem a ajudar, sem preconceitos e com a certeza de que estão tornando o mundo melhor.
A atividade nesta quarta-feira fez parte da programação especial para marcar o Dia Mundial do Acolhimento Familiar, celebrado em 31 de maio, sexta-feira.
SERVIÇO
É possível conhecer o serviço Família Acolhedora acessando os canais de comunicação do serviço em Paranavaí:
Instagram: @familiaacolhedorapvai
Facebook: Família Acolhedora Paranavaí
WhatsApp: (44) 99161-1752
