Em levantamento realizado em novembro de 2022, pelo Infojobs e HR Tech, que desenvolve soluções de tecnologia para o RH das empresas, demonstrou as principais dores do setor de RH das empresas, entre elas, o ambiente de trabalho híbrido.
Para 85,5% das pessoas entrevistadas afirmam que devido a pandemia foram necessárias mudanças nos modelos de trabalho, onde 53,3% disseram que o home office e/ou híbrido é uma realidade da empresa em que atuam. Com os novos modelos, surgiram necessidades de adaptação.
A pesquisa destacou a dificuldade de manter o engajamento dos colaboradores como a principal preocupação para 31% dos gestores; o segundo desafio mais citado foi fazer a integração dos novos funcionários, com 25% de respostas, seguido pela preocupação em cuidar da saúde mental dos colaboradores, apontado por 17% dos profissionais de RH.
O estudo mostrou que a alta rotatividade de profissionais que se demitiram voluntariamente ou fizeram transições de carreira surpreendeu o mercado nos últimos anos, o que indica a necessidade do RH repensar práticas de atração e retenção de talentos. Para 96,7% dos recrutadores, as empresas precisam investir mais na valorização dos funcionários para reter talentos, já que há a percepção da maioria é que o número de desligamentos voluntários aumentou nos últimos anos, movimento que coincide com a “grande renúncia” ocorrida globalmente durante o período de pandemia.
Para Paulo Vieira, Master Coach, presidente da Febracis, PhD em Business Administration e, autor que mais vendeu livros no Brasil nos últimos quatro anos, o uso da Inteligência Emocional na retenção e aquisição de talentos, vai fazer toda a diferença nesse ambiente relativamente novo e desafiador.
- Conexão: É necessário que o líder mantenha a conexão com seus colaboradores. Uma conexão de autoridade e não de autoritarismo. Usar técnicas e estratégias, que façam as pessoas se engajarem, mesmo no trabalho remoto.
- Inteligência Emocional: Para que o trabalho remoto seja compensador para todos, é essencial que as equipes tenham excelentes relações de trabalho com seus supervisores diretos. Nenhuma tecnologia substitui o verdadeiro motivo por trás da satisfação no trabalho: ter um gestor eficaz e emocionalmente inteligente.
- Conheça seus colaboradores: É preciso criar o hábito de escutar mais e fazer perguntas. O contato físico possibilita ler os sinais e perceber as dores pelas quais um funcionário está passando. Na relação remota, demanda-se que o gestor se preocupe mais em nutrir um relacionamento. Em vez de realizar reuniões restritas a relatórios de atividades, procure conhecer os seus colaboradores, suas motivações e desafios, fazer validações trabalhando V0. Isso vai fazer com que se sintam mais valorizados.
- Comunicação: Estar disponível para entender aquilo que seu colaborador precisa, quais as suas dores e desafios. Através de conversas individuais, fazer com que as pessoas se descubram e que almejem conquistas, que elas mesmas achavam impossíveis de alcançar.
- Autorresponsabilidade: O erro mais frequente da liderança é tentar mudar as pessoas antes de mudar a si. Se você reclama, com frequência, da sua equipe e acha que sem você por perto nada funciona, existe um problema: VOCÊ! A autorresponsabilidade é a certeza de que você é o único responsável pelos resultados que tem colhido. Consequentemente, você é a única pessoa que pode mudá-la.
- Autoestima: Um verdadeiro líder deve se conhecer muito bem, praticando o exercício da autoconsciência e construindo dia a dia a sua autoestima, para que, dessa forma possa irradiar coragem, força, determinação e ousadia para sua equipe. Autoestima é, sobretudo, perceber e validar suas habilidades e potenciais, sem deixar de conhecer seus erros, medos e problemas a serem trabalhados.
*Paulo Vieira, empresário e Master Coach com mais de 20 anos de experiência. Também é presidente da Febracis, empresa que dobrou de tamanho por 10 anos consecutivos e conta com 40 franquias em 3 continentes, criador do Coaching Integral Sistêmico e do Método CIS, considerado o maior treinamento de inteligência emocional do mundo, que já treinou mais de 1,5 milhão de pessoas em 83 países. O autor também possui um canal de Coaching e Inteligência Emocional no YouTube com mais de 1.3 milhões de inscritos.