*Rafael Fermiano
Sou da cidade poesia!
A poesia das aves,
Maritacas a comerem fios,
Urutaus com seu canto sombrio,
Do sabiá nas acácias,
Do canto doce do surucuá,
Da gralha azul
Indo ao rio Paraná.
Sou da cidade poesia!
A poesia que dá música,
Dá música de sopro e coragem,
Também dá rock
No som de garagem,
Dá moça na banda mais bonita,
Onde blues toca
E o sertanejo a noite agita.
Sou da cidade poesia!
Chuta a bola, vermelhinho.
Crianças na escola,
Brincando pelos parquinhos.
Povo feliz e de sensatez,
Trilha a vida, joga xadrez.
Corre chupando laranja,
Corre atrás e alcança.
Sou da cidade poesia!
Onde a cultura desce ladeiras,
Em rolemãs e corridas malucas,
Nos cafés da manhã em parques,
Que dança e canta alto
Subindo as escadas do estádio,
Em leituras lá no museu,
Dos livros dos filhos seus.
Sou da cidade poesia!
Uma cidade de história rica,
A fazenda velha que não para,
Um sol que sempre escalda.
Onde a água brota clara,
Refrescando nossas almas.
Orgulho de viver aqui,
Meu amor, Paranavaí.