De acordo com o tenente Victor Kamei, a dúvida é comum, e saber qual canal acessar pode fazer a diferença na hora de salvar vidas
REINALDO SILVA
Da Redação
A dúvida é mais comum do que parece: para qual número ligar em situações de emergência? “As pessoas não sabem”, diz o tenente da 5ª Companhia Independente de Bombeiro Militar de Paranavaí, Victor Kamei. A informação pode ser determinante para salvar vidas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atende pelo número 192. Deve ser acionado em casos clínicos, por exemplo, mal súbito, desmaio, derrame e acidente vascular cerebral – desde que a vítima não tenha sofrido algum tipo de fratura.
O contato com o Corpo de Bombeiros se dá pelo 193. Utiliza-se quando há trauma. O tenente Kamei exemplifica: “Em um acidente de trânsito, você bateu o veículo, então pode ter mexido a coluna cervical ou quebrado um braço”.
Os bombeiros militares também atendem ocorrências em que pessoas embriagadas perdem o equilíbrio ou tropeçam e batem a cabeça e acidentes envolvendo trabalhadores em altura que sofrem queda.
“É óbvio que ambos se ajudam”, assegura o tenente. “Quando o Samu está sobrecarregado e precisa do Corpo de Bombeiros, nós ajudamos, e vice-versa. É uma parceria.”
NOVA NOMENCLATURA – A lei estadual n.º 22.206, de 29 de novembro de 2024, alterou a nomenclatura das unidades e subunidades operacionais do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. Com isso, o 9º Subgrupamento de Bombeiros Independente (9º SGBI) teve seu nome alterado para 5ª Companhia Independente de Bombeiro Militar (5ª Cia. Ind. BM).
Na prática, neste primeiro momento, não houve qualquer mudança estrutural ou no formato de atendimento à população.
A grande virada para a corporação ocorreu cerca de dois anos atrás, quando o 9º SGBI deixou de estar ligado diretamente à Polícia Militar. Desde então, o Corpo de Bombeiros pode ter batalhões, inclusive na mesma cidade.
Uma das vantagens apontadas pelo tenente Kamei é que antes da emancipação o comandante-geral dos bombeiros respondia hierarquicamente ao comandante geral dos policiais militares.
Tal autonomia permite contato direto com os gestores estaduais, caso seja necessário requerer recursos financeiros. Outra facilidade é a realização de concursos públicos desvinculados da PM.