O liberalismo tem crescido no Brasil nos últimos anos de forma acentuada e contínua. Com princípios fundamentados na liberdade, nos direitos individuais, na defesa pelo livre comércio e na proteção da propriedade privada, os adeptos do liberalismo no país têm se enraizado cada vez mais por meio de diversas iniciativas. Uma delas, o Ladies Of Liberty Alliance (LOLA), teve crescimento recorde em 2023: aumento de 74% no número de associadas e quase o dobrou o número de núcleos regionais. Em 2024, o crescimento vem mantendo o ritmo.
Para ampliar ainda mais o alcance, no Dia Internacional da Mulher deste ano, as liberais preparam ação em dezenas cidades brasileiras, em todos os estados onde o LOLA está presente (19). O objetivo é convidar mulheres parlamentares a se somarem ao LOLA Brasil a partir das bandeiras e valores defendidos, como a liberdade econômica e de expressão; o combate à corrupção e aos privilégios; a valorização da educação básica e da segurança pública; e o não aumento de impostos. Segundo a presidente do LOLA Brasil, Anne Dias, essas são pautas globais.
Questionada sobre a troca permanente de experiências com mulheres liberais de outros continentes, Dias destaca a situação do continente africano. “Recentemente, participei de uma conferência em Nairóbi, no Quênia, onde fui confrontada com uma realidade inacreditável: na Nigéria e no Burundi, as mulheres não têm direito à propriedade privada. Se houver herança decorrente da morte de seus pais, a terra automaticamente deve ser destinada a algum homem, seja irmão, marido ou até filho. A terra não pode ficar registrada em nome da mulher. E sabemos que o direito à propriedade foi revolucionário na vida das mulheres”, relatou.
A presidente cita, ainda, dois assuntos que o mundo precisa jogar luz: as mutilações do corpo feminino e a participação na política. “Conversei com meninas que tiveram seu corpo mutilado e é devastador saber que esta é a realidade de mais de 200 milhões de mulheres na África”, acrescentou. Já baixa presença de mulheres na política, segundo Anne Dias, deve-se mais à cultura dos países do que às legislações.
“O oito de março deixa claro para o mundo todo que há muito a ser conquistado ainda. Se defendermos mais liberdade em todas as esferas, seja pelo direito à propriedade privada, à autonomia dos nossos corpos e à participação plena na política, defenderemos os direitos de todas as mulheres, como deve ser, sem desprezo ideológico como vemos em muitos movimentos de esquerda”, finalizou.