DA FOLHAPRESS
Recém-chegado ao Manchester City, em julho de 2016, Pep Guardiola participou de um vídeo de marketing elaborado por seu novo clube. Ele faz uma corrida de táxi com um jovem torcedor chamado Brandon Bent.
Quando o menino demonstra espanto com as contratações de jogadores como Ilkay Gündogan e as perspectivas para o time, o espanhol pede:
“Espere. Tem mais.”
Sete anos depois, o Manchester City é o campeão inglês, da Liga dos Campeões e da Copa da Inglaterra, em uma temporada histórica. O que é possível esperar de uma equipe como essa?
Mais história.
O City abre a nova temporada da Premier League nesta sexta-feira (11) como visitante diante do Burnley, recém-promovido para a elite. É o início de uma caminhada para obter o que nenhum outro clube na história da elite do futebol inglês, iniciada em 1888, conseguiu: vencer quatro títulos consecutivos.
“Os jogadores sabem o que devem fazer. Vamos encarar times que serão mais agressivos, então dizemos aos atletas que este é o nível que temos de chegar de novo. Este é o desafio e já fizemos isso no passado. A prova está aqui. Então por que não faríamos agora?”, questionou o treinador, que não descarta deixar Manchester ao final do seu contrato, em 2025.
Campeão nacional em 2020, 2021 e 2022, o City já está empatado com quatro rivais na maior série de troféus seguidos: Huddersfield (1924 a 1926), Arsenal (1933-1935), Liverpool (1982-1984) e Manchester United (1999-2001 e 2007-2009). Nenhum deles obteve a quarta conquista, embora tenham chegado perto.
O Huddersfield foi vice em 1927, o mesmo para o Liverpool em 1985 e o Manchester United em 2010.
A chegada de Guardola, turbinada pelos bilhões da família real dos Emirados Árabes, que está na ponta final da linha dos donos do clube, transformou o City na maior força do futebol britânico e europeu.
Depois da primeira conquista sob o comando do espanhol, em 2018, o time passou a empilhar títulos, mais ainda do que na época dos seus antecessores Roberto Mancini e Manuel Pellegrini. Não fosse o Liverpool, campeão em 2020, o Manchester City teria vencido seis troféus da Premier League em sequência.
Além da genialidade de Guardiola, o clube se reforça a cada janela de transferências para se manter no topo. Para esta temporada, gastou 102 milhões de libras até agora (R$ 636,4 milhões pela cotação atual). Contratou os croatas Josko Gvardiol (zagueiro, R$ 480,4 milhões) e Mateo Kovacevic (volante, R$ 156 milhões).
De acordo com a imprensa inglesa, também está interessado no meia brasileiro Lucas Paquetá, que está no West Ham.
Desde que o grupo árabe comprou a agremiação, em 2008, já foram gastos 2,39 bilhões de euros (R$ 12,9 bilhões pela cotação de hoje) em novos atletas. O City será o representante europeu no Mundial de Clubes, a ser disputado em dezembro, na Arábia Saudita.