A violência do suicídio juvenil aumentou exatamente na era da informática, da impessoalidade das mídias sociais onde temos milhares de «amigos» e continuamos solitários, sem um ombro amigo para chorar. Essa solidão, atrás das telas de nossos «smartphones», nos possibilitando comunicar com a velocidade de terasbytes, contudo ainda enfrentamos a lentidão na resolução de nossos problemas, através do diálogo com nossos familiares mais próximos encontrando apoio para solucionar problemas básicos. Carecemos de mais humanidade, de relações interpessoais, de diálogos entre pais e filhos, estudantes e professores, professores e professores.
A prática de exercícios físicos, atualmente, se constitui em um método poderoso para combater a ansiedade que leva a depressão, e ao pior dos resultados, o suicídio de jovens. Estatísticas nos dão o frio número de um aumento de 10% no suicídio juvenil desde 2002, segundo dados da conceituada BBC Brasil. Assunto esse, mantido a sete chaves, o suicídio entre jovens cresce de modo lento, mas constante no Brasil, dados ainda inéditos mostram que em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5, 1 por cem mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014, aumento de quase 10%. Números obtidos pela BBC Brasil do Mapa da violência de 2017, ainda segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), afere-se que no planeta, mais de 700 mil indivíduos morrem por suicídio a cada ano, e é o quarto maior motivo de falecimentos de jovens na faixa dos 15 a 29 anos de idade.
O fenômeno conhecido como «Baleia Azul» e o «Homem Pateta» (incentivos a automutilação e ao suicídio foram deflagrados nas redes sociais) não foram os gatilhos, mas apontaram desvios de condutas idiopáticas da juventude mundial. Somadas as causas clássicas, apontadas pela BBC Brasil no Mapa da Violência, em 2019, marca como principais causas do suicídio juvenil a depressão, as drogas, os abusos sexuais, e o bullying. Outro tema de relevante importância foi o aumento da violência contra mulher, como vemos nos grotescos casos de feminicídios, em dados do Ministério dos Direitos Humanos (2019). São informações assustadoras, em uma sociedade altamente tecnológica, informatizada e dita civilizada.
A escola, cujo papel é a formação de cidadãos, e os conteúdos da Educação Física Escolar, fazendo parte deste contexto curricular devem participar desta formação, junto com o esporte e as atividades físicas regulares, ministradas por professores especializados, poderão contribuir para minimizar a terrível problemática da violência social e do suicídio juvenil advindo da depressão, do uso de drogas, dos abusos e do bullying, inclusive do e-bullying. A cultura corporal e a aquisição dos hábitos de prática de atividades físicas para uma vida plena e com qualidade, para alcançar uma felicidade subjetiva, porém imprescindível para que o ser humano não enverede por caminhos da violência e nossa juventude volte a ter esperança na humanidade, não nas «Fake News» das redes sociais, acreditando em um futuro, e o espectro do suicídio juvenil desapareça de vez da escola e das famílias.
Nota da Redação:
Centro de Valorização da Vida – CVV
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.
A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.
Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype e e-mail.