Morreu nesta quarta-feira (16) Renata Scotto, um dos maiores nomes da ópera mundial, aos 89 anos.
A informação foi confirmada por Marco Russo, prefeito de Savona, cidade na qual a artista nasceu. A causa da morte, porém, não foi divulgada.
No auge de sua carreira, Scotto brilhou em papéis como Cio-Cio San em “Madame Butterfly”, Mimì em “La Bohème” e Violetta em “La Traviata”.
Scotto foi, durante anos, uma das sopranos mais populares do Metropolitan Opera de Nova York. Entre 1965 e 1987, ela fez mais de 300 apresentações em 26 papéis na instituição até se aposentar em 2002.
A artista nasceu em 1934 em Savona. Seu pai, Giuseppe, era policial e sua mãe, Santina, costureira. Ainda criança, dava sinais do talento que a tornaria célebre. Ela ficava na janela de seu quarto entoando músicas do tenor Beniamino Gigli.
Quem passava aplaudia e, não raro, jogava doces para ela. Quando tinha 12 anos, Scotto assistiu à sua primeira ópera a convite de um tio. Tratava-se de “Rigoletto”, do compositor Giuseppe Verdi. Foi com esse trabalho que ela percebeu que queria transformar a ópera em profissão.
Na adolescência, Scotto foi enviada a Milão para ter aulas de canto e piano em um convento, onde os professores a ajudaram a dar os primeiros passos na carreira, que se tornaria uma das mais brilhantes da ópera.
Scotto fez sua estreia os 18 anos, dando vida à Violetta, em “La Traviata”. Um ano depois, fez sua primeira aparição na casa de ópera La Scala, em Milão, na obra “La Wally”, de Catalani.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –