REINALDO SILVA
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A Prefeitura de Alto Paraná começou a distribuir as telhas de fibrocimento reforçado (tipo eternit) para as famílias que tiveram suas casas danificadas pela chuva de granizo que atingiu a cidade no último domingo (20).
A compra das 4 mil unidades foi anunciada pelo prefeito Claudemir Joia Pereira (Palito) na manhã seguinte ao temporal. Devido à grande quantidade, ele recorreu a uma indústria de Curitiba e, como era esperado, o carregamento chegou ontem.
De acordo com a secretária de Assistência Social e coordenadora da Defesa Civil em Alto Paraná, Carla Pinheiro Alves Silva, haveria uma grande mobilização da comunidade para substituir as telhas quebradas.
Até a tarde de ontem, mais de 300 famílias tinham recebido as equipes técnicas do município para avaliação dos prejuízos. Pelo menos 70 ainda seriam visitadas, totalizando quase 400 imóveis.
Agora a Administração Municipal aguarda uma resposta da Defesa Civil para publicar o decreto de calamidade pública e buscar apoio financeiro dos governos federal e estadual. As informações já foram encaminhadas e a expectativa é que em até três dias a Defesa Civil se posicione oficialmente.
O estado de calamidade pública configura uma situação anormal, provocada por desastres, causando prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público.
Os decretos são atos administrativos da competência dos chefes do Poder Executivo nos âmbitos federal, estadual e municipal e dependem da anuência da Defesa Civil. A portaria de reconhecimento do estado de calamidade pública é de responsabilidade do Governo Federal.
Pelos cálculos do prefeito Palito, a compra das telhas e de outros materiais utilizados na recuperação dos imóveis chegaria a R$ 400 mil, valor elevado para os cofres municipais. Além dos danos a residências na área urbana, a chuva de granizo provocou grandes perdas no campo, dizimando pelo menos 15 mil maços de couve e 6 mil de almeirão, 15 mil pés de alface e 2 mil de chicória e pelo menos 1 mil unidades de cebolinha.