*Fernanda Dutra
Em um mundo corporativo, frequentemente minado por ruídos de comunicação, desencontros e desequilíbrios, uma mudança de paradigma é imperativa. Um dos caminhos mais curtos e eficazes disponíveis hoje às corporações é um conceito novo denominado “Inovação Não Violenta”, diretrizes que propõe ações e mudanças com base no desenvolvimento sustentável, e que também finca raízes na harmonia e na compreensão no ambiente de trabalho. Esse processo segue algumas etapas.
Antes de qualquer inovação externa, é crucial despertar a inovação interna, capacitando pessoas a quebrarem o automatismo. Trata-se de cultivar soft skills, estabelecer metas com visão de futuro e compreender os processos emocionais que conduzem à transformação.
Depois, focamos na Comunicação Sistêmica. Nesta fase, o foco desloca-se do “eu” para o “eu no contexto dos outros”. O objetivo é desenvolver habilidades de escuta ativa, vulnerabilidade e entendimento das necessidades do outro.
A etapa da Empatia Circular visa criar uma cultura de inovação baseada na observação contínua dos comportamentos coletivos. O foco está em trabalhar como unidade, identificando desafios e formulando estratégias coletivas para abordá-los.
Por fim, com um entendimento holístico dos desafios e um orientado da equipe com as necessidades reais dos clientes e stakeholders, o palco está montado para soluções administrativas a partir do conceito de Inovação Não Violenta, que devem abordar a sustentabilidade em várias dimensões: funcionalidade, economia, sociedade e meio ambiente.
Inovação Não Violenta e Economia Circular são conceitos que podem parecer distintos, mas que estão intrinsecamente ligados. Ambos são fundamentados na noção de harmonia, equilíbrio e sustentabilidade. A Inovação Não Violenta se concentra na esfera humana e organizacional, já a Economia Circular foca na lógica de produção e consumo de recursos. Quando esses dois mundos se encontram, surge um novo paradigma.
A união dessas duas perspectivas cria um imperativo ético e operacional, que representa uma evolução na maneira como concebemos os negócios e nossa interação com o meio ambiente e as comunidades. É a receita para encontramos uma poderosa alavanca para a mudança transformadora.
Quando as empresas internalizam a ideia de respeitar tanto as relações humanas quanto os recursos naturais, elas frequentemente se veem na vanguarda da inovação empresarial e poderão criar modelos de negócios inovadores.