As disputas dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps) iniciam sexta-feira (29) e prosseguem até domingo (31), em Londrina, no Norte do Estado. O evento, que deverá reunir mais de 1.600 pessoas, entre atletas, organizadores, arbitragem e dirigentes, marca o retorno das competições paradesportivas no Estado, após a suspensão, por causa da Covid-19.
Em sua 9° edição, os Parajaps são realizados pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral do Esporte, e contam com o apoio das prefeituras e entidades que atuam com o paradesporto do Paraná.
“O paradesporto hoje é prioridade no Governo. Dentro de um planejamento completo de inclusão, estamos dando toda a condição de viagem e hospedagem aos atletas, para que eles possam competir”, afirma o superintendente da Paraná Esporte, Helio Wirbiski.
A atual edição dos Parajaps reúne 14 modalidades: atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, bocha adaptada, goalball, golf 7, handebol em cadeira de rodas, natação, parabadminton, paracanoagem, paraciclismo, parataekwondo, tênis de mesa, vôlei paralímpico e xadrez.
São destaques Cascavel, que levará a maior delegação, com 224 integrantes, e Curitiba, que venceu todas as edições da competição desde a criação dos Jogos.
História – O primeiro Parajaps estreou em 2012, em Londrina. Similar aos Jogos Abertos do Paraná, é destinado a adultos de todas as idades. Junto a outras ações voltadas exclusivamente para pessoas com deficiência, possui como meta o engrandecimento do atleta paralímpico. O Governo do Estado patrocina e subsidia toda a competição. É o único entre os jogos oficiais do Estado a oferecer alimentação e hotelaria gratuita aos municípios.
“Nesta edição o fator mais importante é o retorno das equipes, dos municípios, das ações e dos projetos voltados ao paradesporto, após a parada devido à Covid-19″, explica Mario Sergio Fontes, coordenador do paradesporto na Superintendência Estadual do Esporte. “Ainda temos preocupações com a pandemia, mas este é um novo momento”.
Incentivo aos paratletas – Por ser a maior manifestação paradesportiva do Paraná, os atletas que competem no Parajaps costumam alçar voos mais altos, como campeonatos brasileiros e internacionais. É o caso de alguns conhecidos, como Marcelo Santos, da bocha paralímpica; Mari Santili, da paracanoagem; e Daniel da Silva, do vôlei sentado. Os três, que retornaram recentemente das Paralímpiadas de Tóquio, já passaram por várias edições do Parajaps até se tornarem atletas de alto rendimento. “Temos vários atletas que começaram conosco nos Jogos Escolares do Paraná e jogaram os Parajaps, ou seja, são atletas nossos”, explica Fontes.
O coordenador do Paradesporto enfatiza também o impacto positivo que os jogos oficiais do Estado e os diversos programas de incentivo geram nos atletas. Como exemplo, está o Paraná Mais Cidades, programa que busca levar aos municípios paranaenses equipamentos que possibilitem a prática esportiva de atletas com deficiência. O apoio ao paradesporto é também destaque no programa Geração Olímpica e Paralímpica, de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta e que conta com o patrocínio exclusivo da Copel. Em 10 anos de existência, o programa ofertou mais de 1.150 bolsas para atletas e técnicos do paradesporto, em paranaense, em 18 diferentes modalidades.
É um destaque, ainda, a presença do paradesporte no Programa de Incentivo e Fomento ao Esporte (Proesporte). Até agora, 14 projetos já receberam incentivo pelo programa, que permite ao contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) destinar parte do valor a recolher para projetos esportivos credenciados pela Superintendência Geral do Esporte.
“Tudo isso faz parte de uma cadeia de ações que visam fortalecer o atleta, fidelizá-lo no Paraná e também incentivar a vinda de atletas de outros estados, que encontram aqui apoio financeiro e estrutural para o seu treinamento”, arremata Fontes.