A Secretaria estadual da Saúde (Sesa) realiza nesta semana mais uma etapa da oficina de Microplanejamento para Vacinação de Alta Qualidade (MVAQ), uma iniciativa do Ministério da Saúde (MS) que busca ampliar a cobertura vacinal no Estado e capacitar os municípios para criação de estratégias, detecção de problemas e outras questões relacionados ao esquema vacinal. Nesta terça-feira (12) teve início a terceira etapa, que segue até a próxima quinta (14), com a participação de cerca de 800 profissionais da área da saúde e representantes da saúde indígena do Paraná.
A qualificação ocorre com aplicação de metodologia para mapeamento de risco e identificação de territórios suscetíveis à reintrodução de doenças que podem ser prevenidas por meio da imunização. Esta metodologia deve ser aplicada em todas as ações de vacinação desenvolvidas pelo Estado, inclusive na Campanha de Multivacinação, que ocorrerá entre 14 e 28 de outubro de 2023, sendo em 21 de outubro o Dia D de vacinação.
Além de orientações teóricas sobre estratégias de ampliação da cobertura vacinal nos 399 municípios, a oficina trata da busca ativa dos não vacinados, monitoramento das ações, avaliação do cumprimento de indicadores de efetividade, homogeneidade, oportunidade e eficiência.
“O Governo do Estado segue com diversas ações para que a cobertura vacinal volte a subir em todo Paraná”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto. “Já estamos observando um aumento nos índices em comparação ao ano passado, mas não podemos relaxar com relação a este tema. É preciso que toda a população preconizada pelo Calendário Nacional de Imunização busque a vacina e proteja não somente a si próprio, como toda a população”.
A primeira etapa da Oficina ocorreu em 15 de agosto, em Curitiba, com a participação de representantes do Ministério da Saúde e reuniu profissionais da Atenção e Vigilância em Saúde do Paraná, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A segunda etapa foi direcionada a 83 representantes das 22 Regionais de Saúde do Paraná, municípios e representantes da saúde indígena. Já esta terceira etapa envolve a multiplicação da metodologia do microplanejamento para as 22 Regionais de Saúde.
A oficina terá ainda a quarta e última etapa, que consiste na análise da situação da saúde do território do município e de todo o processo da vacinação para o alcance das metas.
Regionais – Nesta semana a capacitação ocorre de forma simultânea para as Regionais de Saúde de Paranaguá (1ª RS), Metropolitana (2ª RS), Ponta Grossa (3ª), Irati (4ª), Guarapuava (5ª), União da Vitória (6ª), Pato Branco (7ª), Francisco Beltrão (8ª), Campo Mourão (11ª), Umuarama (12ª), Cianorte (13ª), Paranavaí (14ª), Maringá (15ª), Londrina (17ª), Cornélio Procópio (18ª) e Jacarezinho (19ª).
Ainda neste mês, do dia 26 ao 28, a oficina acontece também para na Regional de Saúde de Foz do Iguaçu (9ª), Cascavel (10ª), Toledo (20ª), Apucarana (16ª), Telêmaco Borba (21ª) Ivaiporã (22ª). Com isso, serão contempladas as 22 Regionais de Saúde do Paraná.
Dados – De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal considerada ideal para a BCG, Covid-19 e Rotavírus é de, no mínimo, 90% do público-alvo, e para os outros imunizantes do calendário vacinal a meta é de 95%. No Paraná, dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) revelam que a vacina da Hepatite B, aplicada logo após o nascimento, fechou 2022 com cobertura de 77,96%.
Outra vacina aplicada logo ao nascer é a BCG, contra a tuberculose, que registrou cobertura de 87,54% em 2022. A Tríplice Viral, responsável pela proteção contra o sarampo, caxumba e rubéola, é administrada aos 12 e 15 meses de idade e fechou 2022 com 89,59%.
A Pentavalente é aplicada aos dois, quatro e seis meses, e protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus. A cobertura foi de 83,94%% no ano passado.
Os dados parciais até março deste ano mostram as seguintes cobertura vacinais no Paraná: BCG (95,01%); Febre Amarela (91,56%); Hepatite A (83,56%0; Hepatite B (93,44%); Menincocócica C (88,76%); Pentavalente (92,19%); Pneumocóccica (88,45%); Poliomielite (92,54%); Rotavírus Humano (86,58%) e Tríplice Viral D1 (96,64%).