Estudo divulgado em julho pelo Itaú Educação e Trabalho, feito por pesquisadores do Insper, revela que o Brasil poderia aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) em até 2,32% se conseguisse triplicar o número de jovens matriculados em cursos técnicos. De acordo com o documento, isso resultaria em um crescimento da empregabilidade e maiores salários.
Para Fernanda Braga, gerente administrativa da APAT — Associação de Profissionais de Agrimensura e Topografia, o investimento em jovens já os capacita antes mesmo da entrada no mercado de trabalho, mas é necessário também disponibilizar vagas de cursos e treinamento para pessoas que já atuam em suas profissões há algum tempo. “Ainda existem muitos profissionais que buscam aumentar seus conhecimentos nas áreas em que atuam, o que abre espaço para oferecer oportunidades de capacitação contínua”, diz.
A APAT, por exemplo, oferece aos profissionais de geotecnologia treinamentos específicos quando há aquisição ou locação de equipamentos. Além disso, segundo Fernanda, “a entidade disponibiliza cursos ministrados por parceiros especializados para capacitar os profissionais da área sobre a atuação no mercado”.
A gerente comenta que a APAT surgiu a partir da necessidade de um grupo de topógrafos que possuíam equipamentos topográficos e não encontravam soluções no mercado, como suporte, treinamentos, cursos, assistência técnica, equipamentos reserva e proteção.
“Nosso papel enquanto representantes dos profissionais do setor é entender que o Brasil é um país repleto de oportunidades de trabalho para engenheiros agrimensores, topógrafos e outros trabalhadores do ramo de geotecnologia, principalmente em razão dos grandes projetos de infraestrutura e do relevo acidentado. Desta forma, buscamos atuar em parceria com eles para apoiar seus projetos e estimular o crescimento do mercado. O investimento em cursos técnicos e treinamentos é um dos principais caminhos para isso”, finaliza.