REINALDO SILVA
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Os vereadores de Paranavaí estão preocupados com a situação de algumas escolas municipais, que, apesar de contarem com aparelhos de ar-condicionado, não dispõem de sistema elétrico suficiente para colocá-los em funcionamento. Na reunião ordinária da última segunda-feira (2), pediram celeridade na solução do problema.
“As escolas não podem mais esperar. Já faz mais de cinco anos que estão aí esses ares-condicionados, as máquinas instaladas. Com esse calor que temos sofrido, não tem como haver aprendizagem”, constatou Aparecida Gonçalves. “Está insustentável.”
Em maio deste ano, a vereadora formalizou um pedido de informações sobre o tema ao Poder Executivo. Justificou o requerimento pormenorizando as condições dos estabelecimentos de ensino e cobrou: “É de suma importância que esclareça as razões pelas quais esses problemas na parte estrutural elétrica dos colégios ainda persistem, impedindo a instalação dos sistemas de ar-condicionado”.
Josival Moreira também se pronunciou. “Desde o início do mandato venho cobrando a questão do ar-condicionado. Paranavaí está entre as cidades mais quentes do Paraná e está cobrando uma resposta.”
O presidente da Câmara de Vereadores, Luís Paulo Hurtado, afirmou ter conversado com a secretária municipal de Educação, Adélia Paixão, que apontou a necessidade de reformas completas ou de grande complexidade em algumas escolas. Equipes técnicas da Prefeitura de Paranavaí tentam encontrar maneiras rápidas e práticas para colocar os condicionadores de ar em funcionamento. “É o que a gente espera que seja feito.”
Notoriedade – O caso ganhou destaque na semana passada, quando a mãe de uma aluna da Escola Municipal Maria Schuroff Back expôs o desconforto que a falta de climatização adequada provocou na filha. Na publicação em uma rede social, contou que a menina não queria mais assistir às aulas em razão do calor intenso.
O Diário do Noroeste abordou o tema na edição de 27 de setembro, informando que os dias anteriores tiveram recordes de temperatura. No dia 26 de setembro, por exemplo, a máxima registrada pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) foi de 37,8°C. Antes, no dia 25, Paranavaí alcançou a maior marca do ano, 38,4°C.
Resposta – Na ocasião, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, responsável pela execução dos projetos da Prefeitura de Paranavaí, disse que os problemas mais emergenciais foram detectados em oito escolas e dois centros de educação infantil, decorrentes do crescimento desordenado, com instalação de pontos elétricos sem critérios técnicos.
A resposta é semelhante à enviada para a vereadora Aparecida Gonçalves em agosto, três meses após a apresentação do requerimento.
Esta semana, após os pronunciamentos dos vereadores, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano reafirmou ter conhecimento do problema e garantiu que está tomando providências. Por enquanto não foram definidos prazos. O que há de concreto é que as avaliações estão sendo feitas para identificar as deficiências e, então, contratar uma empresa que faça os reparos necessários.