*Chico Ramos e Alvacir Lopes
A noite cai e como um manto cobre a selva
Com estrelas pontilhadas cintilantes a brilhar
O céu parece uma imensidão de água
Com fagulhas reluzentes azuis da cor do mar
Enquanto a lua majestosa cor de prata
Sedutora enfeita a mata com seu raro esplendor
A aurora chega reluzindo qual tesouro
E o sol tece fios de ouro na terra ao amanhecer
A brisa fresca sopra e quase embriaga
Cheirando a terra molhada a girassol a jasmim
Flores agrestes naturais que realeza
Engrandecem a beleza do mais lindo dos jardins
Pingos de orvalho como pérolas de pranto
Representam acalanto de uma noite que passou
Gotas de ouro pelo sol iluminadas
Como lágrimas douradas que o sereno derramou
O rio claro vem da união das minas
Vertentes lá da colina, cristalinas de beber
Serpentando desce contornando a serra
Doando leite pra terra pro verde sobreviver
Os passarinhos deslumbram com nostalgia
Cantando sua poesia pra mata com emoção
E quando baixam as cortinas cor de prata
Nasce nova serenata, mais uma bela canção