REINALDO SILVA
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Os preços do gás de cozinha, da gasolina e do diesel terão aumento a partir desta terça-feira. O anúncio foi feito ontem pela Petrobras, que justificou: os reajustes acompanham a elevação nos patamares internacionais dos preços de petróleo e derivado. Em entrevista ao Diário do Noroeste, a presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás), Sandra Ruiz, demonstrou preocupação. “O valor chega alto para nós e precisamos repassar aos clientes.”
Ela calculou que há mais de um ano os revendedores de gás de cozinha têm absorvido os reajustes propostos pela Petrobras, evitando que os preços para os consumidores finais crescessem na mesma proporção. No dia 14 de junho, foram incorporados 5,9%. Agora, com o mesmo percentual, o preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo passará a R$ 3,60 por quilo.
A presidente do Sinegás disse que os efeitos das constantes altas são severos. Interferem nas vendas, diminuem a margem de lucro dos empresários e comprometem as finanças das revendedoras. “É uma bola de neve.” Entre os resultados, garantiu Sandra Ruiz, estão o acúmulo de dívidas, as demissões e até o fechamento de estabelecimentos. Os pequenos não conseguem se manter no mercado, avaliou.
Na terça-feira passada (29 de junho), o Procon de Paranavaí realizou uma pesquisa de preços e identificou menores e maiores valores praticados em 20 revendedoras da cidade. Na ocasião, o botijão de 13 quilos, mais comumente utilizado em residências, podia chegar a R$ 102 para retirada no local e a R$ 103 para entrega. O produto mais barato era comercializado por R$ 88,49.
Combustíveis – Elevações também nas bombas dos postos de combustíveis. A gasolina terá aumento médio de R$ 0,16, o que representa 6,3%. Significa que o litro que antes custava R$ 2,53 nas refinarias da estatal passará a R$ 2,69. O percentual do diesel será um pouco menor, 3,7%, ou seja, reajuste médio de R$ 0,10.
As correções sobre os preços dos dois produtos também comprometem as empresas revendedoras de gás de cozinha, ponderou Sandra Ruiz. É que elevam os custos diários das entregas e desequilibram os caixas das empresas.