DA FOLHAPRESS
A Argentina enfrenta nesta terça-feira (6) a Colômbia, pela semifinal da Copa América, às 22h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O SBT e a ESPN Brasil transmitem a partida.
Liderada por Lionel Messi, a equipe busca chegar à sua terceira decisão do torneio desde 2015. Os argentinos ficaram fora da final apenas em 2019, quando o Brasil foi campeão sobre o Peru. Em 2015 e 2016, foram finalistas, mas perderam ambas para o Chile.
Mais do que a oportunidade de decidir novamente a competição, vencer um troféu é a grande obsessão da Argentina, que não levanta uma taça desde 1993. Para isso eles contam, novamente, com o talento de Messi, que busca seu primeiro título pela equipe nacional.
Artilheiro da Copa América com quatro gols, o camisa 10 foi decisivo para a classificação da seleção argentina sobre o Equador nas quartas de final. Messi marcou um e deu duas assistências (para Rodrigo De Paul e Lautaro Martínez) na vitória por 3 a 0 diante dos equatorianos, em Goiânia.
Além da artilharia, já são quatro passes para gol no torneio, o mesmo número de assistências que distribuiu na Copa América de 2016, um de seus melhores campeonatos pela seleção ao lado da Copa do Mundo de 2014, também disputada no Brasil.
“Estamos falando do melhor jogador de todos os tempos. É difícil que algum jogador esteja à sua altura, ainda que Neymar seja um jogador similar em alguns momentos”, afirmou o técnico Lionel Scaloni após o triunfo contra o Equador.
“Desejo que ele possa jogar por muitos anos. Inclusive, até os adversários desfrutam quando o enfrentam”, completou o treinador, semifinalista da última Copa América com a equipe.
É um momento curioso para Lionel Messi, que está oficialmente sem clube desde o dia 30 de junho, quando terminou seu contrato com o Barcelona (ESP).
De acordo com a imprensa espanhola, o argentino deverá renovar o vínculo com o Barça e seguir sua trajetória na equipe, depois de ameaçar deixar o clube catalão no início da última temporada. Contratado em 2000 quando tinha apenas 12 anos de idade, ele se tornou o maior artilheiro da história do Barcelona, com 672 gols.
Messi se encontra livre e, pelo menos por mais alguns dias, sua força de trabalho pertencerá somente à seleção argentina. O foco é total na missão de levar ao país um título com a camisa da equipe nacional.
O presente do jogador é tão peculiar que, aos 34 anos, o camisa 10 ganhou até um novo apelido: “Ankara”.
A palavra vem do catalão “encara”, que significa “ainda”. A nova alcunha, que já havia sido mencionada em uma ocasião na qual Messi anotou um golaço contra o Getafe (ESP), em 2007, foi popularizada agora pelo humorista argentino Lucas Rodríguez.
O apelido parece ter colado entre os torcedores, que transformaram o termo em tendência no Twitter no último dia 24 de junho, aniversário de Lionel Messi. Pablo Giralt, narrador da TV Pública, também utilizou o “Ankara” em sua narração do quarto gol da Argentina sobre a Bolívia, ainda na fase de grupos.
“Vai Messi, Ankara, Ankara Messi, como diria Luquitas”, narrou Giralt, fazendo referência ao uso do apelido pelo humorista.
Uma das maiores críticas que Lionel Messi sofreu ao longo de sua carreira foi a de nunca ter repetido com a camisa da seleção suas atuações do Barcelona, que lhe renderam seis prêmios de melhor jogador do mundo.
Ao menos agora, sem clube e disposto a findar o jejum de títulos do país, a crítica pode ficar um pouco de lado. Até que não resolva sua situação contratual com o Barça, Lionel Messi é argentino. Exclusivamente argentino.