REINALDO SILVA
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A Agência do Trabalhador de Paranavaí fechou esta segunda-feira (30) com 298 vagas de emprego. O número é alto e revela a dificuldade para encontrar interessados em ingressar no mercado. Nem mesmo os mutirões realizados nas últimas semanas foram suficientes para suprir a demanda.
A falta de mão de obra atinge todos os setores, com maior ou menor intensidade, mas indústrias, supermercados e construção civil são os mais prejudicados.
Só para dar uma ideia do cenário, na tarde de ontem, o painel da Agência do Trabalhador de Paranavaí indicava 60 oportunidades de emprego para auxiliares de linha de produção, 20 para pedreiros e 18 para serventes de obras.
Na manhã de ontem, uma ação especial marcou o início da seleção de candidatos para uma rede atacadista de supermercado, somando 51 entrevistados. O problema, diz a gerente da Agência do Trabalhador, Elen Della Pria Kumatsu, é que parte desse público não comparece à segunda etapa, na empresa.
Há também os que começam a trabalhar, mas desistem antes mesmo de completar um mês de admissão. Elen Kumatsu cita o caso de uma funcionária que começou a trabalhar em um supermercado e deixou o emprego no dia seguinte.
A rotatividade compromete a dinâmica do estabelecimento e para evitar surpresas a orientação é que os trabalhadores saibam exatamente que cargos estão dispostos ou não a ocupar. Da mesma forma, é importante conhecer os horários de funcionamento e identificar se têm ou não disponibilidade.
Em outra situação, 17 pessoas foram selecionadas para atuar em uma obra de construção, mas, diante do tamanho da empreita, a maioria declinou e apenas quatro assumiram as respectivas tarefas.
A gerente da Agência do Trabalhador teme que a procura por emprego seja apenas protocolar e não necessariamente para conseguir colocação no mercado. Esse comportamento gera falta de comprometimento.
Não por acaso, as equipes de recrutamento avaliam o tempo de vínculo dos candidatos com as empresas onde trabalharam anteriormente. Estabilidade é um fator preponderante no processo de seleção.
Consideram-se, ainda, aspectos comportamentais e vestimentas. “Não precisa vir de terno e gravata, mas também não pode se apresentar para uma entrevista de emprego usando bermuda e chinelo”, alerta Elen Kumatsu.
E antes que questionem as exigências impostas pelas empresas contratantes, a gerente da Agência do Trabalhador afirma que as dificuldades para encontrar candidatos são as mesmas tanto para vagas que requerem experiência prévia ou níveis específicos de formação escolar quanto para aquelas que não impõem limitações.
Levando em conta todas essas condições, Elen Kumatsu informa que a Agência do Trabalhador de Paranavaí atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, sem intervalo para almoço. O endereço é Rua Marechal Cândido Rondon, 1.701, Centro. O telefone para contato é (44) 3423-1733. É importante apresentar CPF e, se for o caso, diplomas e certificados de conclusão de cursos.