REINALDO SILVA
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O índice de cobertura vacinal contra a Covid-19 na Região Noroeste está muito abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Para ter uma ideia da situação, basta analisar os números da vacina bivalente: em julho deste ano, apenas 17,3% do público-alvo recebeu o imunizante; em outubro houve uma discreta melhora, passando para 19,2%. O objetivo é alcançar 90%.
Essa é a realidade de todo o Paraná e gera preocupação à medida de os casos positivos da doença se multiplicam. Em outubro os municípios da 14ª Regional de Saúde ultrapassaram a marca de 500 confirmações, quase três vezes a mais do que em setembro, aproximadamente 180. A proporção é ainda mais alarmante na comparação com julho, que teve 46; são 11 vezes a mais.
Enfermeira da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Jane Camargo garante que as equipes de vacinação dos municípios têm lançado mão de estratégias de busca ativa a fim de ampliar o quadro de moradores imunizados. Apesar do esforço, seguem encontrando dificuldades.
Uma delas está no fato de os sintomas da Covid-19 terem perdido a força. A maioria dos pacientes tem manifestações leves, o que reduziu o número de internações e óbitos. Mas o perigo não acabou. Se existem casos positivos, é porque o vírus continua circulando e pode vir acompanhado de complicações mais graves em pessoas com comorbidades e doenças autoimunes.
A Regional de Saúde também chama a atenção para a importância de manter as medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos e o uso de máscaras de proteção facial em ambientes de risco. Outro fator que contribui para o aumento de casos é a falta de isolamento e distanciamento social de pessoas com confirmação da doença.
Diante da escalada de diagnósticos positivos, a Regional de Saúde reforça a importância da vacinação e alerta que quem não completou o esquema de imunização está suscetível ao agravamento do quadro de saúde.
“A vacinação é ainda muito importante. O Ministério da Saúde disponibiliza as vacinas para toda a população completar seu esquema vacinal, desta forma, o ideal é que as pessoas procurem uma unidade básica de saúde”, reitera Jane Camargo. “É preciso se manter protegido.”