O próximo dia 20 de novembro marca o Dia da Consciência Negra no Brasil, data para relembrar e destacar a luta de movimentos negros no combate ao racismo e por uma sociedade mais justa com direitos iguais para todo e qualquer cidadão. Em Paranavaí as atividades em alusão ao mês da conscientização se iniciam neste domingo (5) na Praça dos Pioneiros, juntamente com a abertura do Festival de Música e Poesia de Paranavaí – Femup.
As primeiras atividades são na Feira da Negritude, às 16 horas, espaço voltado para contação de histórias, oficinas de artes, rodas de conversas com destaques para autoras negras, batalhas de hip-hop, espaço gastronômico, barracas de penteados afro e encerrando com a apresentação musical da cantora Rubia Divino.
Presidente da Associação Negritude da Promoção da Igualdade Racial -ANPIR, Celso José dos Santos, disse que as atividades tem o intuito de dar visibilidade, conscientiza, além de elevar a autoestima das pessoas negras. “O ideal é que não houvesse a necessidade do dia, semana e mês da consciência negra. O mundo ideal é que pessoas se respeitassem na sua diversidade e diferenças.”
Durante todo o mês de novembro outras atividades serão realizadas. No dia 6, a ANPIR participa no Congresso da Unifatecie, dia 19 acontece a feira da negritude e o festival Margin’Arte, ambos serão realizados no Ginásio Noroestão.
O festival será um espaço voltado para apresentações e conscientização do movimento hip-hop e arte de rua. “É uma cultura totalmente marginalizada e os eventos são para dar visibilidade a esses artistas”, conta Claudio Kada, secretário de Comunicação da ANPIR.
As atividades continuam no dia 20 com a entrega da homenagem Personalidades Negras, na Câmara Municipal de Paranavaí. No dia 24, para encerrar a 27ª Semana da Negritude e 17ª África-Brasil, será realizada a Noite da Negritude. Evento que haverá desfile da beleza Negra, entrega de homenagens, comida típicas e músicas.
A professora Edna Bezerra destaca que através da arte, literatura, música e dança, a intenção é sensibilizar a sociedade para que as informações cheguem também até as crianças.
O presidente da ANPIR também ressalta o desafio para que as crianças sejam ensinadas a respeitar, além de compreender que a história do negro não é de escravidão, mas sim uma história milenar da humanidade, de riqueza, construções e pluralidade de cultura.
A conscientização e combate ao racismo deve acontecer em todos os locais e áreas da sociedade. Celso vê um avanço nas políticas públicas do munícipio voltada para a comunidade, mas enfatiza que poderia progredir ainda mais com a criação do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial.
De acordo com o presidente da ANPIR, 40% da população de Paranavaí se declara negra ou parda.