Como melhorar a relação do poder público com a imprensa. Esse foi o tema da palestra do jornalista Fernando Rodrigues, CEO do portal Poder 360°, nesta segunda-feira (20), no 3° Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Para o jornalista, com larga experiência na cobertura política, com passagem em veículos como Folha de S.Paulo, UOL, BBC, GloboNews, entre outros, a comunicação pública deve se fiar em três pilares para obter bons resultados: transparência, proatividade na divulgação das informações e persistência na tentativa de estabelecer contato não só com os meios de comunicação, mas diretamente com os próprios jornalistas.
“É um esforço de convencimento. O agente público, o secretário de comunicação, tem que conversar com os profissionais do jornalismo e convencê-los de que uma informação positiva não é chapa-branca. É uma informação de utilidade pública que vale a pena ser publicada, porque o cidadão vai poder usar aquele dado”, ressaltou.
Para o CEO do Poder Poder 360°, as secretarias de Comunicação dos estados e das prefeituras têm um papel muito importante na publicação de campanhas de interesse público em seus próprios canais de divulgação, além da mídia convencional. Campanhas contra violência doméstica ou de saúde, como foi feito ao longo da pandemia, além de questões de educação e segurança pública, são fundamentais nesse processo.
“Esse é um papel muito importante da comunicação pública: fazer campanhas educativas e difundir bons valores que elevem o nível de civilidade das pessoas para que elas entendam como se comportar em sociedade”, enfatizou Rodrigues.
Fake news – O combate às notícias falsas também foi abordado pelo jornalista no Fórum de Secretarias de Comunicação. Nesse processo, um dos papéis das secretarias de comunicação, na opinião de Rodrigues, é se certificar de que os veículos que vincularão campanhas publicitárias oficiais são sérios.
Para isso, o jornalista sugeriu às secretarias que verifiquem se os veículos empregam corretamente seus colaboradores, se têm códigos de conduta, manuais de redação, se respeitam os direitos trabalhistas, entre outras ações. “Isso ajudaria a elevar o nível do jornalismo de uma forma geral e, por consequência, reduzir o que se chama hoje de fake news”, avaliou.
Agenda – A abertura oficial do Fórum ocorreu pela manhã. A primeira palestra foi ministrada pelo conselheiro Ivan Bonilha, do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). A importância das pesquisas para o planejamento dos governos também foi debatido no fórum. Com o tema “Pesquisas do Futuro”, o presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, explanou como as pesquisas são importantes para as tomadas de decisões governamentais. A programação da tarde contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Representantes – Além do Paraná, participam do fórum em Foz do Iguaçu secretários ou representantes dos estados do Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Roraima.