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RELIGIÃO

Beber da Fonte

Então que rei sou Eu? Mt 25,31-46

O texto de Daniel 7 escrito entre 167 a 164 a.C. trata numa visão da dominação dos poderes do mundo por Deus: um leão, um urso, uma pantera e um monstro que supera todos os outros poderes mundanos dos medos, persas, babilônios e sírios. Hoje, nós temos: a águia, o urso, o panda e outros poderes e outras autoridades, “poderes”. Os poderes se constituem e se acham no direito de oprimir, dominar, direito de fazer “guerras”. São tão ferozes e com força de destruição “das armas”, dos mísseis intercontinentais, foguetes, força atômica.

São como de ontem e de hoje poderes “bestiais”,

anti-humano. Em seguida o reinado é transferido para um ser que se parece com um “Filho do homem”. É indiscutível que “o semelhante ao homem também exprime um segundo sentido simbólico, os reinos do mundo até então tinha caráter bestial, a nova soberania do mundo será humana.

A história de Israel diante dos outros povos, trazia uma diferença, Deus era o rei de Israel. Mas o povo judeu pediu: “Todas as nações têm um rei. Só nós é que não o temos. Samuel respondeu: Por que necessitais de um rei que vos governe como todos os pagãos? Deus é vosso rei” A monarquia, os reis não deram certo, e a maioria desagradou a Deus. No povo oprimido ao longo dos tempos, por vários dominadores, permanece a esperança de que “um rei justo e santo o libertaria. Isto se mantém na promessa que faz a Davi através do profeta Natan: “Eu firmarei para sempre o seu trono real. Tua casa e teu reio estão estabelecidos para sempre diante de mim e o teu trono firme para sempre” 2Sm 7,13.16 Quando o anjo anuncia a Maria diz: “Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Aqui se vê realizada a profecia. Os vários grupos no tempo de Jesus, esperavam o Messias-Rei e cada um do seu jeito. Até queriam fazê-lo rei como acreditavam. No evangelho de Mateus deste domingo nos apresenta a cena do julgamento final. Mt 25,31-46. Ele toma um pequena parábola tirada da vida cotidiana dos pastores da Palestina no tempo de Jesus de Nazaré, e possivelmente usada para falar do Reino. À esta parábola é acrescida com temas importantes para as comunidades de Mateus como: Filho do Homem, glória(v.31), a ideia de universalidade(v.32), de receber o Reino por herança(34), meu pai(34), os justos(v.37.46), meus irmãos (v.40), fogo eterno(v.41). Assim a parábola é transformada em uma descrição profética do juízo final, onde o Filho do Homem chega na sua glória para julgar todos os povos. Sua maneira de julgar é comparada ao pastor que ao anoitecer separa as ovelhas dos cabritos. O Filho do Homem, juiz da história, agora chamado de rei, faz a declaração final: “salvação para uns e condenação para outros” Mt 25,34.41 e o critério de avaliação é surpreendente para ambos os grupos: “Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou sem roupa, doente, ou preso e te servimos? Ou não servimos? Mt 25,37-39.44 O critério de julgamento é a prática do amor e da misericórdia com os pobres e excluídos. E Jesus, Rei, Juiz e pastor dá alguns exemplos tirados de textos bíblicos que fazem um apelo à misericórdia. Is 58,7 Tb 4,16: famintos, sedentos, estrangeiros, nus, doentes, prisioneiros, etc…

Chamamos Jesus Cristo de Rei. É preciso ter cuidado, porém, quanto ao significado que se dá a esta afirmação. É rei, mas de maneira original. Só assim encontraremos a autoridade de seu atributo régio. O Reino de Jesus não se parece em nada com um sistema de monarquia. O seu Trono, é desconcertante: é a cruz. A coroa de espinhos, o cetro é o cajado do Pastor e se veste com o Avental de Serviço”. Realiza-se como rei, sendo Servo. Servindo sempre, sendo o último, estando à disposição de todos, esquecendo-se de si. Cristo é Rei, não possuindo domínios, mas dando tudo, dando-se até o fim a sua própria vida.

A solenidade de Cristo Rei, encerrando o Ano Litúrgico, afirma substancialmente duas coisas: 1. Há um ÚNICO ABSOLUTO NA HISTÓRIA: É DEUS QUE, COM SEU FILHO, INSTAURA NO MUNDO SEU REINO DE JUSTIÇA E VERDADE. O reino é serviço e amor total. Todas as expressões e manifestações de poder que não se enquadram dentro do serviço e do amor total são ilegítimas e usurpadoras de poder. 2. O Reino de Deus foi confiado à Comunidade cristã. Somos reino e sacerdotes para Deus. Nossa tarefa é trabalhar para que o reino aconteça em nossa história.

Frei Filomeno dos Santos O.Carm.

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