A escolha
Os amigos diziam que Jerry era um poço de otimismo. Com ele, não havia tempo ruim.
Toda vez que alguém o cumprimentava e perguntava Como vai você? A resposta pronta, vibrante era: Vou muito bem!
Os garçons de toda a cadeia de restaurantes que ele gerenciava, seguiam seu exemplo. Ele era verdadeiramente motivador.
Costumava dizer: Toda manhã, ao acordar, penso em que tenho duas escolhas a fazer: viver muito bem o dia ou viver mal.
Se acontece algo desagradável, posso escolher ser vítima da situação ou aprender algo com o ocorrido. Escolho a segunda opção.
Certo dia, um leve descuido o levou a deixar aberta a porta dos fundos do restaurante onde se encontrava.
Estava sozinho, em encerramento de expediente e três assaltantes armados entraram e o renderam.
Sob a mira das armas, tentando abrir o cofre, Jerry ficou nervoso e errou a combinação.
Fosse porque eles mesmo estivessem assustados, fosse porque ficaram com raiva por nada conseguirem, os ladrões atiraram várias vezes nele e fugiram.
Socorrido a tempo, depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry teve alta e voltou para sua casa.
Um amigo foi visitá-lo. E, entre outras coisas, lhe perguntou o que passara na sua mente quando os ladrões invadiram o restaurante e o subjugaram.
A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos.
Depois, enquanto estava baleado, estirado no chão, lembro-me que tinha duas escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer. Escolhi viver.
Os paramédicos foram excelentes e ficaram me dizendo que tudo ia dar certo.
Lembro que quando cheguei à sala de cirurgia, vi as expressões no rosto dos médicos e das enfermeiras. Em todos eu lia: “Ele perdeu muito sangue. As balas fizeram um estrago muito grande. É um homem morto.”
Fiquei com medo. Sabia que tinha que fazer alguma coisa.
Então, uma enfermeira perguntou se eu era alérgico a algum produto.
Respondi afirmativamente.
Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente os preparativos, esperando pela complementação da resposta.
Respirei fundo e falei: “Sou alérgico a balas.”
Enquanto todos riam, eu lhes disse: “Eu estou escolhendo viver. Operem-me como se eu estivesse vivo, e não morto.”
Meses depois, com fragmentos de balas pelo corpo e muitas cicatrizes, continuava a ser a imagem do otimismo.
Ele sobreviveu graças à habilidade dos médicos, mas, sobretudo, por sua atitude decidida.
* * *
A vida é a arte de bem escolher. Consiste em muitas escolhas.
Quando tiramos todos os detalhes e enxugamos a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas.
Podemos escolher como reagir nas situações.
Podemos escolher estar felizes ou ficar tristes, calmos ou nervosos.
Podemos escolher como as pessoas irão ou não afetar o nosso dia, o nosso humor, a nossa disposição.
Em resumo, a escolha sempre é nossa. Podemos mergulhar em reclamações ou apontar o lado positivo da vida e viver melhor.
A melhor escolha é a de viver em plenitude, viver por completo, aproveitando as lições para crescer.
Redação do Momento Espírita, com base no
texto Atitude é tudo, de autoria ignorada.
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