Quase todo mundo já ouvir falar na Missa do Galo, tradicional celebração da Igreja Católica na noite da véspera de Natal. As celebrações, que integram o calendário litúrgico, contudo, têm outras três missas programadas para os dias 24 e 25 de dezembro. São as missas da Aurora, da Vigília e do Dia. Todas elas possuem suas particularidades. A principal continua sendo a Missa da Noite, mais conhecida como a Missa do Galo. A que é celebrada pelo Papa Francisco é transmitida pela televisão, rádios e internet para muitos países.
A origem do nome é controversa e esse termo só é usado em países que falam português e espanhol. Em outros idiomas, como alemão e italiano, ela é conhecida como Missa da Meia-Noite. A teoria mais difundida para explicar a origem do termo usado no Brasil, por exemplo, é de que um galo cantou durante o nascimento de Jesus. Há quem diga que a missa levou esse nome porque é longa e só termina quando os galos começam a cantar.
Mas antes da principal, existe a Missa da Vigília. Ela deve acontecer no dia 24 de dezembro quando a tarde começa a cair. Alguns a chamam de vespertina. Os textos focam na espera e preparação para o nascimento de Jesus. A narração se concentra em como José recebeu a notícia de que Maria estava grávida e os desdobramentos.
Depois vem a Missa do Galo, já à noite. Durante muito tempo ela foi celebrada à meia-noite, mas com o passar dos anos houve uma flexibilização para que mais fiéis pudessem participar, já que na virada de 24 para 25 de dezembro é comum haver a troca de presentes ou continuidade das comemorações em família.
No dia seguinte, 25 de dezembro, o Natal, ocorrem as outras duas missas. A primeira delas é da Aurora, que deve acontecer ao nascer do sol trazendo consigo a simbologia de que, assim como a luz que ilumina todos os espaços, a notícia do nascimento deve se espalhar. A celebração natalina termina com a Missa do Dia, que deve ser realizada depois do nascer do sol até o final do dia. Nela, há um aprofundamento sobre o que representa a chegada de Jesus. As quatro missas não acontecem em todas as igrejas.
Saiba mais – A data do Natal foi fixada em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia era celebrada a grande festa solar em Roma, segundo disse ao El País Ramón Teja, professor emérito de História Antiga da Universidade de Cantábria (Espanha), especialista em história do cristianismo e presidente de honra da Sociedade Espanhola de Ciência das Religiões. “Assim, o imperador que transformou o cristianismo na religião de Roma, e que governou entre 306 e 337, identificava de alguma maneira sua figura com o divino, aproveitando o antigo festival do Dia do Nascimento do Sol Invicto. “Foi uma fusão do culto solar com o cristão.”
Há historiadores, contudo, que atribuem ao Papa Julio I, por volta do ano 350, a oficialização do Natal como feriado. A Bíblia não diz nada sobre o dia exato em que Jesus nasceu e por isso a comemoração do Natal não fazia parte das tradições cristãs no início. Outros pesquisadores afirmam que foi Papa Leão I, em 449, que oficializou a data como a principal celebração e coube ao imperador Justiniano, do Império Romano do Oriente, em 529, instituir a data como feriado oficial do império.