Por vezes ficamos a pensar no que certa pessoa pensa ou fala a nosso respeito.
Até tentamos adivinhar quais são os seus sentimentos para conosco.
Com certeza, essa é uma tarefa sem êxito porque pensamentos e sentimentos habitam no mundo íntimo da pessoa.
Mesmo quando são expressados por palavras, nem sempre refletem a verdade, seja porque são mal usadas, mal escolhidas ou porque as fantasiamos para que atendam aos nossos anseios.
O único universo de pensamentos e sentimentos sobre o qual temos domínio e condição de conhecer, de maneira efetiva, é o nosso.
Contudo, poucas vezes nos incomodamos com aquilo que pensamos e sentimos em relação ao próximo.
Isso deve nos soar estranho e merece reflexão.
Afinal, o que sentimos, carregamos conosco, faz parte de nós e impacta a nós mesmos, em vários aspectos.
O que o outro pensa ou sente a nosso respeito não nos cria nenhum embaraço. A questão é dele porque é ele quem carrega isso em si.
Se no ambiente de trabalho, alguém implica ou externaliza certo antagonismo para conosco, é provável que isso nos cause um certo desconforto ou mesmo constrangimento.
Exigirá de nós habilidade, controle emocional para nos relacionarmos da melhor forma.
Mas, nossa maior preocupação deve ser com o que sentimos a respeito dessa pessoa.
Isso porque somos responsáveis pelos sentimentos, pelas vibrações que emitimos.
Quando agirmos, de maneira equivocada, causando mal-estar a outrem, naturalmente, deveremos assumir a responsabilidade, buscando nos desculpar e reparar o dano.
Se essa nossa atitude irá encontrar repercussão positiva ou não, é situação que não nos compete administrar.
Assim, mais do que nos preocuparmos com o que outros pensam a nosso respeito, detenhamo-nos a passar em revista o que sentimos e falamos sobre nosso próximo.
Se a fofoca do outro nos incomoda, a que façamos nos deve ser motivo de preocupação.
Se a grosseria e desfaçatez de alguém nos atinge, precisamos analisar o quanto nos agridem os desaforos que saem da nossa própria boca em direção a ele.
Os sentimentos dos outros, a maneira como nos tratam… tudo isso é passageiro.
Acontece enquanto convivemos, enquanto dividimos o mesmo espaço, por algumas horas, ou mesmo por alguns anos.
Porém, o que sentimos e alimentamos, em relação ao nosso próximo, carregamos conosco o tempo todo.
É isso que faz parte do nosso universo emocional, e não o que as pessoas sentem por nós.
Ser amado é uma ventura, é verdade.
No entanto, quem vive em plenitude esse sentimento é quem ama, e não o ser amado, porque o amor nasce e vive nele.
Portanto, se queremos sentir plenamente o amor, é necessário amar.
E, de igual forma, em relação a todos os demais sentimentos.
Então, analisemos e nos preocupemos com aquilo que tem nascedouro em nosso coração e que exteriorizamos em palavras e atos.
Nossa seja a proposta de pensar positivo, de alimentar bons sentimentos, de olhar para o outro com olhos de quem deseja descobrir as coisas mais preciosas que constituem sua riqueza íntima.
De nossa parte, vibremos sempre pelo bem, para o bem.