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Matéria sobre a dengue estampou as páginas do DN no dia 24 de março de 2001
Foto: Ivan Fuquini
Matéria sobre a dengue estampou as páginas do DN no dia 24 de março de 2001 Foto: Ivan Fuquini

SAÚDE

Focos do mosquito da dengue predominam entre o lixo descartado de forma irregular

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

No dia 24 de março de 2001, a capa do Diário do Noroeste estampou a manchete: Município vai intensificar ações para reduzir infestação do Aedes aegypti. A matéria publicada na página três foi assinada pela jornalista Silvana Porto e apresentou dados que preocupavam as autoridades de saúde à época, como o número de casos positivos de dengue em Paranavaí, 292.

Já são quase 23 anos desde aquela divulgação e, mesmo depois de tanto tempo, o problema parece estar longe de qualquer solução. Ao contrário, o volume de confirmações cresceu e Paranavaí soma 1.281 registros – cálculo que considera o período epidemiológico iniciado em 1º de agosto de 2023.

Ao saber da notícia veiculada pelo Diário do Noroeste em 2001, o médico veterinário Walter Sordi Junior comentou: “Se você buscar edições mais antigas, vai ver que estamos falando disso há muitos anos. A dengue é assunto desde 1994”.

Walter Sordi Junior é médico veterinário da Divisão de Vigilância em Saúde
Foto: Ivan Fuquini

Sordi Junior atua na Divisão de Vigilância em Saúde da 14ª Regional de Saúde. Afirmou que o poder público tem limitações, mas salientou o papel da população nesse cenário crítico. Os moradores insistem em descartar lixo de forma irregular em vias públicas, estradas rurais e fundos de vale.

Um levantamento da 14ª Regional de Saúde mostra que a maioria dos focos do Aedes aegypti está em resíduos passíveis de remoção. Citam-se como exemplos recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas e entulhos de construção. Esses tipos de lixo são predominantes em 16 municípios do Noroeste do Paraná.

Mas o problema vai além. Também é comum encontrar larvas do mosquito transmissor da dengue nos quintais das residências – em pneus e outros materiais rodantes, vasos, frascos, pratos, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros de animais, pequenas fontes ornamentais e objetos usados para rituais religiosos.

O balanço apresentado pela Regional de Saúde leva em conta informações coletadas pelos municípios. Em 10 deles predominam criadouros do Aedes aegypti em depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico: tonéis, tambores, barris, tinas, filtros e moringas de barro, cisternas, caixas d’água e equipamentos de captação de água de poço.

Problema perdura há décadas principalmente pelo descaso dos moradores
Foto: Regional de Saúde

Em menor quantidade aparecem os depósitos elevados de água ligados à rede pública ou ao sistema de captação mecânica em poços, cisternas e minas.

Para o diretor da Regional de Saúde, Sérgio José Ferreira, é necessário que os gestores municipais cobrem dos moradores comportamentos responsáveis com base nas legislações de combate à dengue. Em caso de descumprimento, é determinante que façam as devidas notificações e autuações.

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