Dinar Leite
Sociedade cruel, justiça negada
vergonha que imola e fecha estrada
lama grossa no coração encaroçado
a fazer órfão o afeto merecido.
a virtude um suspiro desconsolado
Perdida no dédalo. Fado distorcido
No amargo aguardo, o peito refém
amarrado sucumbe, ardendo desdém
pelo rosto oculto, sem claridade
e moral. Covarde vidrar a verdade
a incendiar rosa negra nas trevas.
Discriminar acolhendo o matar
o vão sonho que da raça elevas.
justiceiro veneno a expiar
julgamento acre e objetivo.
Qualificando os adjetivos
Mais vis, de cabeça doente
a infundir medo e opressão.
Rei em trono, exigente
em fero julgar sem coração.
A esperança… vingança?!