O AVESSO DA PELE
O livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, incluído no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2022, volta ao centro da polêmica. Na segunda-feira (4) um ofício do Núcleo Regional da Educação de Curitiba, da Secretaria de Educação do Paraná, determinou a entrega de todos os exemplares à sede até esta sexta-feira (8). Segundo o documento, a obra passará por análise pedagógica e posterior encaminhamento. O ofício é assinado pela chefe do NRE-Curitiba, Laura Patrícia Lopes, que justifica a ação por ter “foco na construção das aprendizagens em cada uma das etapas de escolarização”.
O AUTOR
Em sua rede social, o autor do livro divulgou a cópia do ofício paranaense e escreveu que nenhuma autoridade tem o poder de mandar recolher materiais pedagógicos de uma escola: “É uma atitude inconstitucional. É um ato que fere um dos pilares da democracia que é o direito à cultura e à educação. Não se pode decidir o que os alunos devem ou não ler com uma canetada”. As informações são da Agência Brasil. Detalhe: o livro é direcionado aos estudantes do ensino médio.
OPINIÃO
Não li o livro. No entanto, quem apoia a decisão de cancelamento alega que há conteúdo de cunho sexual (seria a descrição de relação amorosa entre uma moça branca e um rapaz negro), inclusive chamando órgãos do corpo humano pelos nomes. Para quem é contra a retirada do livro, trata-se de um caso explícito de censura e que precisa ser superado imediatamente. Certo é que após a polêmica a venda do livro disparou 400%, figurando entre os mais vendidos do país na principal plataforma. Para o autor certamente foi um bom negócio. O livro é ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura de 2021, categoria Romance.
LULA E A VENEZUELA
Dia 28 de julho haverá eleição para presidente da Venezuela. A data em si já é problemática, pois o pleito foi marcado para o dia do aniversário de Hugo Chaves, falecido em 2013. E o que Lula tem a ver? Ele recebeu nesta quarta-feira o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanches, e foi bem. Mas fez declarações sobre a eleição venezuelana. Acabou dando uma derrapada, pois, de forma indireta, bancou a democracia da Venezuela e pediu que é preciso aguardar para ver se as eleições serão democráticas, como prometeu o atual presidente Nicolás Maduro, no poder desde 2013. A oposição do país vizinho acusa o mandatário de interferência, pois, usando o controle da suprema corte do país, torna seus adversários inelegíveis. Lula recebeu duras críticas da líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado. Em suma: Lula poderia não ter entrado nessa bola dividida. Até porque, olhando de longe, a Venezuela não pode ser considerada uma democracia.
NOS ESTADOS UNIDOS
Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, mas que moraria no Rio de Janeiro, tem compromissos nos Estados Unidos da América. Reúne-se com Paulo Figueiredo, jornalista de direita atualmente em exílio voluntário na Terra do Tio San. Eduardo diz que vai denunciar no parlamento estadunidense a “ditadura” em curso no Brasil. Também deve reiterar apoio a Donald Trump para conduzir a maior economia e a maior máquina de guerra do planeta. O ex-presidente vai enfrentar Joe Biden, atual presidente. A guerra ideológica brasileira ultrapassando fronteiras. Lula na Venezuela e Bolsonaro nos Estados Unidos.
VACINA DA GRIPE
O Ministério da Saúde antecipou a distribuição da vacina da gripe para várias regiões do país, incluindo o Sul. Com isso, a ideia é que cada estado tenha autonomia para definir a data da imunização. A medida foi tomada por conta do aumento dos casos de infecções respiratórias. Inicialmente a data era 25 de março.