Cibele Chacon
Da redação
Paranavaí ainda apresenta uma baixa taxa de verticalização urbana. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 3,7% da população local reside em apartamentos, um índice consideravelmente abaixo da média estadual de 13,2%. Apesar disso, investidores tem olhado cada vez mais para o município com uma oportunidade de investimento no setor imobiliário. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, foram três empreendimentos executados, dois em execução e outras consultas formais sem andamento nos últimos seis anos.
O secretário de desenvolvimento urbano de Paranavaí, Amauri Sebastião Niehues, explica que a cidade tem uma característica predominantemente horizontal, influenciada por questões culturais e pelas dinâmicas dos serviços públicos. Mas, segundo ele, nos últimos tempos, tem havido um aumento significativo no interesse por construções verticais, evidenciado pela aprovação de diversos projetos dessa natureza.
Para o secretário, um dos empreendimentos verticais mais notáveis é um condomínio localizado na entrada do Oasis. Além deste, há outros projetos similares aprovados e em análise na prefeitura.
Mais do que uma preocupação sustentável, a verticalização também precisa levar em consideração a qualidade de vida. O adensamento diminui as distâncias, fazendo com que o deslocamento das pessoas entre diferentes áreas dentro da cidade diminua. Ao mesmo tempo, a região verticalizada precisa ter mais recursos como abastecimento de água, iluminação, saneamento, transporte a um maior número de habitantes.
Durante a revisão do Plano Diretor, foram debatidas questões relacionadas à verticalização, com o objetivo de otimizar a infraestrutura existente e alguns serviços públicos. Segundo o secretário, foram identificados pontos críticos na área urbana onde a verticalização poderia sobrecarregar o sistema existente. “Mas também foram demarcadas áreas passíveis de verticalização, casando com ações determinadas com a Elaboração do Plano de Mobilidade, ambos planos se encontram em aprovação na câmara”, explicou o secretário.
Niehues ressalta que embora não haja políticas de habitação formalmente estabelecidas para garantir uma verticalização inclusiva, isso será avaliado à medida for acontecendo. Para ele, a cidade enxerga a verticalização de forma positiva, desde que seja realizada de maneira ordenada.
“A verticalização pode abrir oportunidade para uso misto, que pode ser interessante no sentido de descentralização de atividades vicinais, evitando deslocamentos grandes para suprir necessidades básicas”, explica Niehues.