CÂMARA EM PÉ DE GUERRA?
Não. Não é para tanto. Mas as divergências entre o presidente da Câmara de Paranavaí, Luís Paulo Hurtado (PL), e a vereadora Maria Clara (PSD está rendendo versões e defesas nas redes sociais, além de opiniões de quem nem lá esteve ou não se deu ao trabalho de ver o vídeo da reunião disponibilizado nas redes da Casa. Maria Clara fez as suas considerações nas redes sociais e também Luís Paulo se manifestou. O presidente Descartou qualquer chance de ter cerceado o direito da colega ao não conceder o aparte (observação) pretendido enquanto falava. Maria Clara não acusou, mas questionou se a diferença teria sido por ser mulher ou jovem. Luís Paulo se defendeu, lembrou a ampla participação feminina na Mesa Diretora e que nunca fez distinção de gênero. Reforçou que não vai colar nele qualquer tentativa de rótulo de preconceituoso.
RELEMBRANDO
A pendenga começou quando a vereadora usou a tribuna nas suas considerações para questionar sobre os motivos da demora de expedição do convite para o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, major Rogelho Aparecido Fernandes, se apresentar em reunião da Câmara, falando sobre segurança pública com a comunidade. Luís Paulo rechaçou que tenha havido má vontade e confirmou a ida do comandante para a segunda-feira (13). Resta saber se o militar comparecerá após a polêmica. Insistindo: o parlamento é lugar de ideias. Portanto, não há nada de estranho nestes embates. Só vale o registro.
TRISTEZA SEM FIM
Se informar nos dias atuais está muito pesado. A cada minuto de cobertura da imprensa sobre a tragédia do Rio Grande do Sul, novas tristezas aparecem. Cidades inteiras destruídas e a água avançando para locais considerados seguros até então. Número de mortos e desaparecidos passam de centenas e a esperança sew instalava na capacidade do povo de dar respostas. Todo o Brasil está mobilizado para ajudar. Lá não tem água, comida, roupas e abrigo, tudo levado pela água. Mas, há os espaços coletivos, a ajuda humanitária e muito carinho que ajuda a suportar o desastre. Paranavaí está empenhada e soma entidades e instituições arrecadando todos os itens que possam ajudar. O gesto diz muito sobre nós. Continuem.
NÃO QUERO SER PROFESSOR
O título soa estranho, mas reflete a opinião de muitos jovens em formação no Brasil, desestimulados pelos frágeis planos de carreira, baixos salários e até mesmo pela “propaganda”, às vezes ligada ao humor, que todos os dias coloca o professor numa posição diminuída e até de deboche. As assertivas acima acabam de ganhar uma versão de pesquisa, ainda mais preocupante. Isso porque oito em cada dez professores da educação básica já pensaram em desistir da carreira. Entre os motivos estão o baixo retorno financeiro, a falta de reconhecimento profissional, a carga horária excessiva e a falta de interesse dos alunos. Os dados são da pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Semesp.
DETALHES
A pesquisa foi realizada entre 18 e 31 de março de 2024, com 444 docentes das redes pública e privada, do ensino infantil ao médio, de todas as regiões do país. Os dados mostram que 79,4% dos professores entrevistados já pensaram em desistir da carreira de docente. Em relação ao futuro profissional, 67,6% se sentem inseguros, desanimados e frustrados. Entre os principais desafios citados pelos professores estão: falta de valorização e estímulo da carreira (74,8%), falta de disciplina e interesse dos alunos (62,8%), falta de apoio e reconhecimento da sociedade (61,3%) e falta de envolvimento e participação das famílias dos alunos (59%). As informações são da Agência Brasil em matéria da jornalista Mariana Tokarnia.
ALIMENTOS CAROS
Embora com preços estabilizados em vários itens, o custo dos alimentos continua muito elevado no Brasil. O Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) do Estado do Paraná, por exemplo, apresentou alta de 0,56% durante abril. A esperança reside no fato de que o resultado é menor do que os registrados nos cinco meses anteriores e uma queda de 0,58 ponto percentual em relação a março (1,14%). Dos 35 produtos que compõem o IPR destacam-se as reduções mensais nos preços da banana-caturra (-18,68%), feijão carioca (-7,12%) e feijão preto (-6,98%), explicados pela melhora nas condições de produção e a ampliação dos estoques. Já entre as maiores altas relatadas em abril estiveram a do alho (18,63%), cebola (15,01%) e tomate (5,39%), reajustes vinculados ao processo de finalização das últimas safras. Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.