A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Vigilância Sanitária Estadual, publicou nesta sexta-feira (7), Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, um e-book sobre as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA). O documento traz informações sobre o que são essas doenças, como ocorrem e como evitá-las. O objetivo é chamar a atenção sobre a importância do consumo de alimentos seguros. Na publicação estão descritas as principais DTHA, o diagnóstico, tratamento, medidas de prevenção, além de mitos e verdades sobre essas doenças.
A campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) deste ano tem como tema “Inocuidade dos alimentos: prepare-se para o inesperado” e traz destaque para situações decorrentes do consumo de alimentos contaminados ou nocivos que podem causar desde danos individuais até situações de emergência em saúde pública que exigem preparação, vigilância e resposta
De acordo com ONU, estima-se que mais de 200 enfermidades sejam originadas por alimentos contendo bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas prejudiciais, como fragmentos de plásticos ou metais, pregos, espinhas de peixes e agrotóxicos.
As ações de fiscalização sanitária buscam eliminar, diminuir e prevenir potenciais riscos à saúde relacionados à ocorrência de surtos de DTHA. Essas ações compreendem a verificação da adoção de boas práticas em quaisquer das etapas de produção, distribuição ou no efetivo consumo de alimentos. “Trata-se de um trabalho fundamental para a oferta de alimentos seguros à população”, afirma a coordenadora de Vigilância Sanitária da Sesa, Luciane Otaviano de Lima.
SINTOMAS
Os surtos de DTHA não apresentam um quadro clínico específico e podem variar de acordo com o agente causador envolvido. Os sintomas mais frequentes incluem náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, falta de apetite e febre. Há muitos tipos de DTHA que ocorrem no mundo, como botulismo, cólera, giardise. hepatite A, salmonelose e toxoplasmose.
“A contaminação dos alimentos está frequentemente associada à manipulação e à conservação inadequadas, além da contaminação cruzada entre produtos crus e processados”, afirma a chefe da Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos da Sesa, Salésia Maria Prodocimo Moscardi.
O tratamento é realizado de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, mas, em geral, a doença é autolimitada. Indivíduos dos grupos de risco (como crianças, idosos, gestantes e imunocomprometidos) podem demandar atendimento especial a depender da toxigenicidade do agente etiológico envolvido. O foco do tratamento é principalmente prevenir a desidratação e evitar complicações graves e óbito.