REINALDO SILVA
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Os atendimentos básicos de saúde prestados aos moradores de todas as áreas rurais de Paranavaí se concentram na unidade do Jardim Morumbi, mesmo nos casos em que há postinhos mais perto de casa. Esse é o tema central do requerimento 32/2024, do vereador Amarildo Costa, enviado ao Poder Executivo e respondido esta semana pela Secretaria de Saúde.
O parlamentar questiona o período em que essa estratégia foi adotada e pergunta por que os pacientes não podem ser atendidos na unidade básica de saúde mais perto de onde moram. “Já ouvi pessoas reclamando que, apesar de terem uma UBS mais próxima de suas casas, precisam se deslocar até a unidade do Morumbi. Na minha opinião, faz muito sentido essa indignação.”
No ofício encaminhado à Câmara de Vereadores, a secretária municipal de Saúde, Andreia Vilar, explica que a Estratégia de Saúde da Família Morumbi Rural foi instituída em 2014. Até então, essa população não contava com cobertura da ESF.
“A maior reclamação dos usuários era sobre a falta de vagas e consultas nas Unidades Básicas de Saúde próximas de suas residências e o não acompanhamento por equipe ESF.” A resposta segue: “A equipe ESF Morumbi Rural foi criada para proporcionar atendimento a vilas rurais, sítios, fazendas e chácaras, já que a população de cada vila rural em separado não possui o número mínimo [de moradores] para uma equipe ESF [exclusiva]”.
A solução para o problema passa pela contratação de mais profissionais e a formação de novas equipes de ESF. Conforme consta do ofício elaborado pela Secretaria de Saúde, existe a previsão de implementar mais quatro equipes em 2025, “a fim de melhor distribuir essa população e atingir 100% de cobertura da ESF no município”.
O texto termina afirmando que há ciência sobre as dificuldades enfrentadas pelos moradores das áreas rurais, por isso a Secretaria de Saúde estuda “reorganizar da melhor forma possível a divisão territorial das áreas de atendimento da ESF e tentará alocar esses pacientes das zonas rurais em equipes das UBSs próximas às suas residências”.
Diante das assertivas, o autor dos questionamentos ponderou: “O município deveria se adaptar às condições e dificuldades de se atender a uma população dispersa, e não o inverso, a população ter que se adaptar a essa adversidade. O município deveria ir até eles ou facilitar o acesso deles ao serviço de saúde. Hoje está muito difícil para os moradores rurais, precisa mudar”.