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REGIÃO NOROESTE

Inverno chega quente, mas deve trazer ondas de frio tardias para Paranavaí

Cibele Chacon – da redação

O inverno de 2024 começou oficialmente nesta quarta-feira (20), com termômetros marcando mínima de 19˚C e máxima de 29˚C em Paranavaí, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).  Os números comprovam que, apesar do início oficial do inverno, os moradores da região noroeste têm notado temperaturas mais altas do que o habitual.

Segundo a agrometeorologista do IDR-Paraná, Heverly Morais, durante o outono, as temperaturas foram elevadas devido à presença de massas de ar quente e seca, que impediram a entrada de frentes frias e massas de ar polar. Esse padrão continua influenciando o clima, trazendo ar quente de latitudes mais baixas para o sul do Brasil.

As previsões climáticas indicam que o inverno deste ano pode registrar mais ondas de frio em comparação a 2023, mas não serão predominantes por longos períodos. Com o fenômeno La Niña se desenvolvendo, há uma alta probabilidade de ondas de frio tardias causarem quedas acentuadas de temperatura no final do inverno e na primavera, mas esses eventos serão rápidos.

Essas condições climáticas preocupam a agricultura local. As estiagens do outono afetaram a germinação e o desenvolvimento de cereais de inverno como trigo, aveia e cevada. Com a previsão de um inverno mais seco, essas culturas podem sofrer ainda mais, reduzindo seu potencial produtivo. Episódios de geadas, principalmente tardias, também ameaçam a produtividade, especialmente durante a fase de espigamento.

Os produtores são aconselhados a monitorar o Serviço Alerta Geada Paraná e adotar medidas de proteção nas lavouras e viveiros, como proteger cafeeiros jovens com palhada ou terra e aquecer hortaliças e mudas recém-plantadas. Granjas de aves e suínos também devem ser aquecidas em caso de forte resfriamento. As pastagens podem ser comprometidas tanto por geadas quanto por estiagens.

Segundo a agrometeorologista, ao longo do inverno espera-se variações significativas na temperatura devido à ação de frentes frias e massas de ar polar, resultando em curtos períodos de frio intenso seguidos por períodos mais longos de temperaturas elevadas. A mudança climática global, influenciada pelo aumento dos gases de efeito estufa, contribui para invernos mais quentes e menos dias de temperaturas extremamente baixas, além de afetar as chuvas, tornando os invernos mais secos do que o normal.

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