O Paraná é a segunda Unidade da Federação em que mais armas de fogo ilegais foram apreendidas pelos órgãos federais de segurança pública desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De janeiro do ano passado a abril de 2024, 1.466 itens foram retirados de circulação no estado pela Polícia Federal (PF), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Considerando somente 2023, foram 1.177 apreensões no Paraná, aumento de 36,07% em relação a 2022, quando 865 armas foram retiradas de circulação pelas forças federais. Os dados estão disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência ativa do Governo Federal.
Em todo o país, PF, PRF e SENASP apreenderam 13.340 armas de fogo, entre janeiro de 2023 e abril de 2024. Somente no ano passado, foram 10.935 apreensões, incremento de 28% em relação a 2022 (8.466). E, nos quatro primeiros meses deste ano, mais 2.405.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (Diop/Senasp), Rodney Silva, explica que os números registrados em 2023 e 2024 decorrem do aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, da PRF e das polícias militares e civis dos estados.
“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito, tomadas de cidade e outros crimes violentos”, afirma Silva.
Ações como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Eenfoc), que conta com aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (Gise) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), ligados à Polícia Federal, impactaram diretamente os números de apreensões de armas de fogo no Brasil.
Os Gise foram expandidos em 2023 e passaram a operar em 21 estados. As Ficco estão em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento das unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.
“O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo perpassa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças de segurança e também a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos”, finaliza o diretor Rodney Silva.
As informações são da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.