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Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini
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PREOCUPAÇÃO

Árvores cítricas em propriedades urbanas comprometem ações de combate ao greening

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Ao longo dos últimos meses, agentes da Vigilância em Saúde de Paranavaí vistoriaram pouco mais de 2.000 domicílios e encontraram 5.000 pés de frutas cítricas. O levantamento dá a dimensão do problema que, proporcionalmente, o cenário urbano pode representar para a citricultura: o município soma aproximadamente 53 mil edificações, num cálculo simples, o número de plantas seria superior a 130 mil.

O desfaio é identificar e erradicar todas as árvores de citros fora de propriedades comerciais, pois sem o manejo adequado se tornam hospedeiras do inseto transmissor do greening. Trata-se de uma doença bacteriana que gera sintomas como ramos amarelados, frutos assimétricos e sementes abortadas.

Em Paranavaí, a citricultura gera mais de 4.000 empregos diretos e é responsável por 30% do Produto Interno Bruto. Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini

As plantas contaminadas apresentam queda prematura de frutos, com perda na qualidade do suco.

Desde março de 2023, poder público, profissionais técnicos e produtores investem esforços para conter o avanço do greening sobre os pomares do Paraná, especialmente da Região Noroeste, principal polo citrícola do estado.

Em Paranavaí, uma ação conjunta de diferentes secretarias municipais e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) levou à eliminação de mais de 14 mil árvores em vilas rurais e espaços públicos. Todas estavam contaminadas. De acordo com o secretário de Agricultura, Tarcísio Barbosa, o trabalho continua, esta semana concentrado no Distrito de Mandiocaba.

Para também alcançar as áreas urbanas e erradicar as árvores nos quintais residenciais, a Prefeitura de Paranavaí contratará uma empresa privada. Os trâmites licitatórios ainda não foram concluídos e não há previsão exata de prazo para isso.

A estratégia de eliminação das plantas cítricas apontará como prioridade as regiões próximas de pomares comerciais e as áreas mais afastadas do centro urbano. “Vamos atuar de fora para dentro”, sintetizou Barbosa.

Todos os moradores serão orientados. Em caso de resistência, caberá à Adapar tomar as medidas administrativas legais para garantir a erradicação das árvores.

Tarcísio Barbosa: “É uma doença muito preocupante. O que estamos fazendo é amenizar os impactos, mas precisamos da colaboração de todos” Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini

O secretário de Agricultura chamou a atenção para a importância do tema. Se a doença não for contida, toda a cadeia citrícola poderá se extinta, comprometendo a economia de Paranavaí, da Região Noroeste e de todo o Paraná. Só em Paranavaí, o setor gera mais de 4.000 empregos diretos e é responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de bens e serviços finais produzidos na cidade.

“É uma doença muito preocupante. O que estamos fazendo é amenizar os impactos, mas precisamos da colaboração de todos. Os produtores também têm que fazer sua parte, com o manejo adequado dos pomares”, pediu Barbosa. “Esse trabalho de erradicar as plantas doentes é o primeiro passo, só depois poderemos pensar em conviver [com o greening] de forma segura.”

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