REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Em resposta ao Diário do Noroeste, o secretário de Meio Ambiente de Paranavaí, Walther de Camargo Neto, informou que não há previsão para o início da construção do parque urbano no chamado “Buracão da Vila Operária”, terreno utilizado há décadas para o descarte de resíduos sólidos.
A obra foi anunciada em 2021, com valor estimado à época em R$ 8,2 milhões. A maior parte, quase R$ 6,5 milhões, seria destinada pelo governo do estado, através do programa Paraná Mais Verde. A Prefeitura de Paranavaí seria responsável pela contrapartida de R$ 1,7 milhão.
De acordo com o secretário Camargo Neto, os recursos municipais só poderão ser liberados depois que o processo de licitação for concluído, porém não é possível apontar prazos.
Ocorre que uma decisão judicial suspendeu a destinação da verba, proveniente de uma multa paga ao governo do estado pela Petrobras. Pelas regras, o dinheiro só pode ser aplicado em ações ambientais, o que, no entendimento da Justiça, não é o caso do parque idealizado para a Vila Operária.
O contra-argumento do governo do estado e do município é que o projeto permitiria recuperar uma área de erosão e investir na recuperação da Mata Atlântica, com o plantio de árvores nativas e ampliação do espaço verde.
Sem a solução definitiva para o “Buracão da Vila Operária”, coube à Prefeitura de Paranavaí, cumprindo determinações judiciais, adequar o espaço e controlar o fluxo de resíduos depositados diariamente no local.
Em abril deste ano, houve investimentos no reforço do alambrado ao redor do terreno, substituição do portão de acesso, afixação de placa especificando o que pode ser descartado e instalação de câmeras de monitoramento.