A Polícia Civil de Nova Esperança instaurou um inquérito para apurar a conduta de um influenciador digital que teria exposto crianças a situações vexatórias em um vídeo gravado em uma escola municipal. O incidente, ocorrido em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), gerou indignação entre os pais das crianças, que denunciaram o caso às autoridades competentes.
Segundo relatos, o influenciador realizou atividades que colocaram as crianças em situações constrangedoras e inadequadas para a idade delas, com o objetivo de criar conteúdo para suas redes sociais. O vídeo, que rapidamente circulou nas mídias sociais, mostra o influenciador oferecendo dinheiro às crianças e expondo-as ao ridículo sem que elas compreendessem o contexto, devido à baixa idade.
As reclamações dos pais levaram o Conselho Tutelar a acionar a Polícia Civil para investigar o caso. Além do influenciador, funcionárias do CMEI também estão sob investigação por possível conivência com os atos praticados.
A investigação foca em dois crimes principais: abuso de incapaz e submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento. Estes crimes são previstos no artigo 173 do Código Penal e no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Artigo 173 do Código Penal: “Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro: Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.”
Artigo 232 do ECA: “Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. Pena – detenção de seis meses a dois anos.”
O delegado responsável pelo caso destacou a gravidade da situação e a determinação da polícia em conduzir uma investigação rigorosa e imparcial. “Não toleramos nenhum tipo de abuso contra crianças e adolescentes. As investigações serão conduzidas com rigor para que os culpados sejam devidamente punidos”, afirmou.
Atualmente, a Polícia Civil está colhendo depoimentos e analisando provas para esclarecer todos os detalhes do caso. O influenciador e as funcionárias do CMEI permanecem sob investigação, e novas informações poderão surgir conforme o inquérito avança.