No último domingo (30 de junho), o Atlético Clube Paranavaí (ACP) empatou em 1 a 1 com o Paraná Clube, partida válida pela última rodada da primeira fase da Série B do Paranaense de Futebol. Com o resultado, o Vermelhinho enfrentará o Rio Branco na semifinal.
“Serão dois grandes jogos e vamos no preparar para conseguir o acesso”, disse William Sander, treinador do ACP, durante entrevista coletiva após empate com o Paraná Clube. Os trabalhos regenerativos tiveram início nesta segunda-feira.
Ontem, os atletas que atuaram na maior parte do jogo se apresentaram e fizeram fisioterapia. Já os que não atuaram ou entraram em campo por poucos minutos treinaram no estádio.
A disputa pela vaga na final começa no próximo domingo (7), às 11h, no Estádio Municipal Doutor Waldemiro Wagner, em Paranavaí. O Rio Branco, que terminou a primeira fase na liderança, tem a vantagem de decidir em casa. O ACP fez a quarta melhor campanha. Das nove partidas, venceu cinco, empatou duas, perdeu outras duas e somou 17 pontos.
Paraná Clube, segundo colocado, enfrenta o Patriotas, terceiro na tabela. O primeiro jogo entre as equipes é no sábado (6) às 16h, em Campo Largo.
Quem passar para a final automaticamente garante o acesso para a Série A de 2025. ACP e Rio Branco já se enfrentaram na rodada inicial da competição. Na ocasião, o Vermelhinho perdeu por 1 a 0. Na avaliação de Sander, apesar do resultado negativo na estreia o confronto foi equilibrado, situação que deve se repetir na semifinal.
Sobre a partida contra o Paraná Clube, Sander analisou que foi o melhor jogo da sua equipe dentro da competição. “Por estar com um jogador a menos, acredito que nós conseguimos fazer um bom jogo, criamos algumas oportunidades e conseguimos empatar.”
ACP e Paraná Clube entraram em campo com a classificação para a semifinal garantida, porém os adversários ainda não estavam definidos. Jogando com o apoio de pouco mais de 2500 torcedores, o Vermelhinho foi melhor nos dois tempos. Algumas decisões da arbitragem causaram revolta no time e na torcida do Paranavaí.
Aos 11 minutos e 15 segundos do 1º tempo, o Paraná alçou bola na área, o camisa 9, Lucas Vieira, toca de cabeça na bola e em seguida o atacante Cristiano cabeceia para o gol.
O goleiro Matheus Almeida faz a defesa, mas a dúvida gerada é se a bola ultrapassa toda linha do gol. Outra questão é a posição de Cristiano, que estaria impedido. O árbitro da partida e o auxiliar validaram o lance.
Ainda no primeiro tempo, mas desta vez aos 25 minutos, outro lance que gerou muita polêmica. O jogador Madalena do ACP recebeu cartão vermelho direto depois de disputar a bola com o adversário.
O árbitro relatou o motivo da expulsão. Segundo ele, o atacante o teria ofendido ao reclamar de um lance. No trecho retirado da súmula, consta que a expulsão foi ocasionada “por empregar linguagem ofensiva, grosseira ao dizer a mim, arbitro da partida: ‘Foi falta, fdp, ofendendo minha moral e honra, após a expulsão saiu sem oferecer resistência”.
Apesar da desvantagem numérica, o ACP chegou ao empate na metade da segunda etapa com gol de Wendel Júnior.
Ainda durante a coletiva, o treinador do ACP falou sobre os lances polêmicos e afirmou que fica triste pelas decisões.
“Gol deles foi ilegal, além, acabando o jogo, nosso atleta tomou um grande soco no estômago, então assim, são coisas que me deixam triste porque o futebol não é isso, futebol é alegria, futebol é a torcida vir aqui e poder desfrutar, então a gente fica chateado com essa situação, porém, é passado”.
O lance citado pelo treinador Sander ocorreu dentro da grande área do ACP nos minutos finais do segundo tempo. O lateral direito Caio foi empurrado e agredido com um soco no abdômen pelo jogador do Paraná.
A ação foi flagrada claramente pelas câmeras, mas apesar disso, dentro de campo, a arbitragem não marcou falta ou relatou o ocorrido na súmula. Após a partida, Caio divulgou em suas redes sociais a marca da agressão.
O analista de desempenho do ACP, Kendue, também participou da coletiva de imprensa e fez avaliação da apresentação time. Para ele, o que foi apresentado dentro de campo é reflexo do trabalho desenvolvido durante a semana, porém a entrega e a capacidade física dos atletas fizeram a diferença.