REINALDO SILVA
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Os alunos do Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro, em Paranavaí, perceberam que a casca da banana poderia ter outra destinação além do cesto de lixo. Descobriram que dá para utilizar o produto na elaboração de alimentos, fertilizantes, medicamentos e cosméticos.
A constatação foi apresentada à comunidade escolar na tarde de quinta-feira (4), durante a apresentação de projetos desenvolvidos nas aulas eletivas, que compreendem conteúdos como sustentabilidade, empreendedorismo, robótica, aromaterapia, culinária, esporte, música, teatro e tantos outros.
A professora Sandra Regina Torsani Smecelato, responsável pelo projeto “Banana saudável, solo fértil – oportunizando sustentabilidade” afirmou que a experiência dos estudantes é fundamental para a formação humanizada. “É gratificante observar que houve aprendizado. Melhor ainda, eles estão deixando de jogar a casca da banana fora, pois reconhecem o quanto vai beneficiar eles mesmos.”
A iniciativa foi inscrita no Programa Agrinho, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que incentiva a prática pedagógica através de projetos que contemplem a construção do conhecimento, proporcionando a inserção de temas de relevância social, cultural, econômica, política e ambiental, visando a melhorias constantes de hábitos e atitudes.
Nislene Mendes Gonçalves Rodrigues é diretora do Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro. Ela explicou que a atividade de quinta-feira se compara a uma feira de ciências, oportunidade para apresentar trabalhos e interagir com a comunidade. A mostra é realizada no final de cada semestre letivo.
A organização do evento conta com a participação de todos: alunos, funcionários, professores e equipe pedagógica. “Um ajuda o outro. As pessoas abraçam a ideia e fazem com que tudo aconteça, fazem um bom trabalho” avaliou a diretora. Essa colaboração mútua gera o sentimento de pertencimento e cria uma verdadeira identificação com a escola.
O Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro funciona em período integral e atende a 160 alunos. Eles têm nove aulas por dia, intercalando o ensino regular com atividades complementares, através das disciplinas eletivas. São estudantes do sexto ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, com idades variando de 10 a 17 anos.
À noite, a instituição recebe um grupo de mais de 100 estudantes dos cursos técnicos em Química e em Farmácia.