Ex-governador do Paraná (1991-94, 2003-10) e ex-senador (2011-19), Roberto Requião está buscando apoio para a pré-candidatura ao Governo do Estado. Quer concorrer nas eleições de 2022 e voltar ao Palácio do Iguaçu. Ainda sem partido, tem se aproximado das siglas com viés progressista (PT, PDT, PV e até mesmo o MDB, ao qual era filiado). Ontem, a caravana passou por Paranavaí, e Requião foi recebido por lideranças de diferentes municípios da região.
O objetivo, disse Requião ao Diário do Noroeste, é discutir a política do Paraná e do Brasil. É preciso mudar a realidade e recuperar a dignidade dos cidadãos. “Tem gente comendo sopa de osso”, lamentou. É o resultado de estratégias que favorecem o agronegócio e o grande mercado financeiro em detrimento da população mais pobre.
O pré-candidato a governador do Paraná chamou a atenção para o discurso sobre o fim dos pedágios no Paraná. Em linhas gerais, calculou: o motorista pagava 10, mas deveria custar 2; agora dizem que vão dar 30% de desconto, e o motorista pagará 7. “Vai continuar acima do valor justo e com 15 praças de cobrança a mais”, afirmou Requião.
Segundo ele, essas e outras pautas precisam ser discutidas com responsabilidade. Questões econômicas e sociais, saúde, educação e segurança pública são algumas áreas que requerem investimentos urgentes para garantir que os serviços prestados à população sejam efetivos. O funcionalismo público também precisa de valorização, disse.
Estiveram com Requião: o deputado federal Ênio Verri (PT) e os deputados estaduais Arilson Chiorato (PT), Requião Filho (MDB) e Professor Lemos (PT). Líderes partidários de Paranavaí compuseram a mesa de trabalho: Eduardo Baggio (MDB), Antônio Homero Madruga Chaves (PDT) e Nivaldo Matos (PT). O presidente da CUT-PR, Márcio Kieller, também esteve presente.
Outros detalhes sobre a Caravana Requião em Paranavaí na edição impressa do Diário do Noroeste deste final de semana. (Reinaldo Silva)