O parto é um momento traumático para muitas mães. Os altos níveis de hormônios, as dores e os medos se misturam à expectativa da chegada do filho. Um turbilhão de emoções e sensações físicas e emocionais. Nesse momento, ter alguém que acompanhe o nascimento do bebê e dê suporte para as mulheres é reconfortante. Assim a primeira-dama de Paranavaí, Laís Willemann Gomes, defendeu a presença de doulas nos hospitais da cidade, o que já é possível graças à nova legislação. O texto que dá às gestantes o direito de escolher quem estará ao lado delas foi assinado pelo prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ).
Na manhã desta quarta-feira (14), algumas mulheres que participaram do processo de elaboração do projeto de lei, que agora é realidade em Paranavaí, se reuniram para conversar um pouco sobre a nova perspectiva e falaram da importância das doulas. Autora da proposição, a vereadora Fernanda Zanatta ressaltou que as mulheres em trabalho de parto se sentem vulneráveis e destacou a necessidade de estarem com alguém que conheça a história da gestação e contribua para que o procedimento seja humanizado.
Doula, Mariana Melo de Paula agradeceu o empenho da vereadora e de todas as pessoas envolvidas na aprovação da lei. Emocionada, reconheceu que a presença das doulas nos hospitais ainda é motivo de resistência, mas a mudança vai proporcionar experiências positivas. “Que cada vez mais mulheres sejam respeitadas e tenham esse acolhimento”, disse.
Foi seguida por Tainara Andrade, também doula. O momento, declarou, é de gratidão. A permissão legal para que as profissionais estejam presentes durante o parto “é uma conquista muito grande para a gente”. Agora, será possível “desconstruir o pensamento de que a doula vai atrapalhar”. A ideia, ao contrário, é somar esforços para garantir a saúde da mulher e do bebê.
A princípio, a nova lei autoriza a presença de doulas em hospitais de Paranavaí durante o trabalho de parto – para mulheres que têm condições e optam por esse acompanhamento. Não se trata de uma obrigação. Mas, quem sabe, um dia, disse Fernanda Zanatta, otimista, as doulas sejam incluídas nas políticas públicas e se unam ao quadro de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Reinaldo Silva)