Julho foi marcado por uma alta de 0,6% nas vendas do varejo físico brasileiro, de acordo com os dados do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. Este foi o quinto mês de 2024 que apresentou crescimento, o que mostra sinais de recuperação econômica do comércio, segundo o economista da datatech Luiz Rabi.
“Apesar das flutuações observadas nos meses anteriores, a consistência do crescimento em julho pode ser atribuída à melhoria da confiança do consumidor, ao aumento dos índices de emprego e à expansão do crédito. Esses elementos, juntamente com a injeção de estímulos fiscais, criaram um ambiente propício para que o varejo físico não apenas se recuperasse das quedas anteriores, mas também estabelecesse uma base sólida para crescimento contínuo no segundo semestre do ano”, avalia o Luiz Rabi.
Na análise por setor, com exceção de “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios”, todas as categorias registraram números positivos, e o segmento de “Veículos, Motos e Peças” expressou o melhor desempenho, com 1,5%.
Variação anual
Ainda segundo o levantamento, a variação anual do Indicador de Atividade do Comércio revelou um aumento de 3,3% em relação a julho de 2023. Nesse contexto, o setor de “Combustíveis e Lubrificantes” marcou alta de 9,2%, seguido por “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” (5,7%), “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” (3,0%), “Veículos, Motos e Peças” (2,1%) e “Material de Construção” (0,2%).
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6.000 estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados. Para a formação da série agregada do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio – Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.