REINALDO SILVA
Da Redação
Os sindicatos que representam patrões e empregados do comércio de Paranavaí e região pretendem concluir, ainda em setembro, as negociações para definir a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), documento que estabelece direitos e deveres das duas categorias.
O texto inclui cláusulas sobre contratações e demissões, férias e horas extras, só para citar alguns exemplos. Normalmente, os itens mais polêmicos e que arrastam as rodadas de diálogo entre as duas entidades são o calendário comercial e o índice salarial, mas, neste ano, apenas o segundo ainda não é objeto de acordo.
O valor do reajuste é calculado com base no Índice de Preços ao Consumidor (INPC) de junho do ano corrente. Em 2024, ficou em 3,70%.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sivapar), Edivaldo Cavalcante, a classe patronal de Paranavaí e região defende a correção salarial pelo INPC, sem promover ganho real. Pode haver margem para chegar a até 4%. O salário comercial atualmente é de R$ 1.836,28.
Do outro lado da mesa, a presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindoscom), Leila Aguiar, quer que o percentual seja mais elevado, uma forma de valorizar os trabalhadores, aumentar o poder de compra e fortalecer a economia. Ela preferiu não pontuar o índice proposto pela classe laboral.
Ao que tudo indica, Sivapar e Sindoscom não tiveram problemas para fechar o calendário comercial, que aponta dias e horários de funcionamento das lojas do Centro e dos bairros. Os dois presidentes disseram que o cronograma é vantajoso.
Vigência
Via de regra, a CCT tem vigência de um ano, com aplicação a partir de 1º de junho até o próximo dia 31 de maio. Considerando esse prazo, o comércio varejista de Paranavaí segue sem acordo coletivo há mais de três meses, o que não é necessariamente novidade. Em ocasiões anteriores as negociações também se estenderam além do limite – em 2023 a assinatura aconteceu em outubro.
A despeito do atraso, não deve haver prejuízos para lojistas e funcionários. Por enquanto, o pagamento salarial segue os valores estabelecidos na CCT anterior, vencida em 31 de maio deste ano. Assim que o novo acordo for oficializado, com índice de reajuste definido, os patrões deverão fazer o complemento de forma retroativa a 1º de junho.