(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

AGRICULTURA

Volume de chuva dos últimos dias no Noroeste é insuficiente para reverter efeitos da longa estiagem

Diante dos efeitos negativos da seca e das altas temperaturas, os produtores rurais precisam lançar mão de estratégias como o plantio direto e o terraceamento

REINALDO SILVA

Da Redação

A chuva desta semana traz alívio aos produtores rurais, mas ainda não é suficiente para reverter os efeitos da longa estiagem e das altas temperaturas registradas nos últimos meses. O solo segue com baixa umidade, o que compromete o desenvolvimento de lavouras e pastagens, interferindo na produtividade e, por consequência, nos preços aos consumidores finais.

A avaliação é do gerente regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) de Paranavaí, José Jaime de Lima, que pontuou os problemas acumulados em razão da baixa precipitação.

A água é essencial para o crescimento das plantas, pois hidrata e conduz nutrientes. Sem esse elemento, não é possível suprir a necessidade de adubo. As temperaturas extremas – altas ou baixas – também são prejudiciais.

José Jaime de Lima aponta medidas que ajudam os produtores a reverter os efeitos negativos
Foto: Arquivo DN

Lima analisou o desempenho de culturas características da Região Noroeste diante das insistentes condições desfavoráveis. Segundo ele, a cana-de-açúcar e a mandioca são mais resistentes ao calor e à seca, mesmo assim, estão sujeitas à perda de volume. As pastagens ficam em um nível intermediário, sofrem, mas também conseguem persistir. Já a laranja, mesmo sendo perene, é mais suscetível, com abortamento de flores e frutos menores.

A irregularidade das precipitações, espaçadas demais ou em volumes desproporcionais, exige que os produtores adotem estratégias de proteção do solo e busquem alternativas para manter as lavouras irrigadas.

O gerente regional do IDR citou o plantio direto, que resulta na cobertura do solo e, portanto, serve como proteção térmica, além de manter a umidade por mais tempo. O terraceamento é outro aliado do produtor rural, porque evita erosões causadas pelo escoamento acelerado e volumoso de água; a sugestão é que a manutenção das curvas de nível seja feita, em média, a cada três anos, a depender da frequência de revolvimento.

IRRIGAÇÃO

Mandioca figura entre as culturas da região mais resistentes à seca e às altas temperaturas
Foto: Ivan Fuquini

Uma forma de contornar a estiagem é implantar sistemas de irrigação. Normalmente, os custos para a aquisição dos equipamentos são elevados, mas os produtores paranaenses podem recorrer ao governo do estado, que subsidia os juros através do programa Irriga Paraná.

Apresentado como ação de incentivo à agropecuária, a proposta inclui facilidades na outorga de captação de água, item ainda em fase de regulamentação.

Dentro dessa perspectiva, o gerente regional do IDR disse que a coleta e o armazenamento da chuva são possibilidades interessantes para aliviar os riscos de perdas que acompanham períodos de seca.

ATENDIMENTO

Lima informou que os escritórios municipais do IDR-PR contam com profissionais técnicos capacitados para orientar e prestar assistência aos produtores rurais. Entre as atribuições estão a cooperação no planejamento das lavouras e os cuidados ambientais, não apenas em relação à água, mas também no controle de pragas e na proteção das reservas florestais.

Compartilhe: