O partido deverá ter candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados, podendo o postulante ser de Paranavaí ou da região
Segundo colocado na disputa pela Prefeitura de Paranavaí com 9.092 votos (20,54% do total), o contabilista Aryldo Zoccante descartou nesta quinta-feira, em entrevista ao DN, ser candidato a deputado em 2026. Também adiantou que vai cobrar ações e se dispõe a ajudar a futura administração através das suas relações políticas e sociais.
Destacando ser um gestor, Zoccante argumenta que não disputará eleições parlamentes porque não é o seu perfil. Não descarta, mas também não coloca como prioridade uma eventual nova disputa para a Prefeitura em 2028. Seu objetivo é fortalecer o MDB para futuras eleições, incluindo a de deputado. Antecipa que o partido deverá ter candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados, podendo o postulante ser de Paranavaí ou da região.
Sobre a união com o PL, diz que houve uma coligação para o pleito, mas ficou um compromisso pessoal (não partidário) de apoiar o candidato do Partido Liberal para a presidência em 2026. O PL, reitera, seguirá independente com a sua organização e metas traçadas.
Ele discorda que as siglas saíram enfraquecidas pelo fato de não conseguirem eleger vereadores. Na prática, os dois ficam sem bancada, mas o ex-candidato entende que antes das eleições os partidos não estavam organizados e não teriam espaço na chapa “do outro lado”, que fez 13 das 15 cadeiras da Câmara. Concorda que a saída de alguns nomes enfraqueceu os partidos para a disputa.
O contabilista se dispõe a conversar com o prefeito eleito sobre ações que possam ajudar no desenvolvimento da cidade. Foi uma resposta ao “convite” feito por Gehlen em entrevista ao Diário do Noroeste na última segunda-feira, quando antecipou que dialogaria com as outras chapas visando a unir as forças para atrair investimentos ao município.
O MDB de Aryldo tem dois ministros estratégicos, o das Cidades (Jader Filho) e a do Planejamento (Simone Tebet). Já o ex-postulante César Alexandre, do PT, concorreu com apoio de grandes lideranças nacionais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a participar do programa eleitoral pedindo votos.
Descartando qualquer aliança formal e participação direta na administração, Aryldo antecipa que haverá “vida partidária” no MDB. Em outras palavras, o partido vai trabalhar na comunidade de forma voluntária, especialmente no combate à fome, uma realidade cruel vista de perto pelos correligionários durante a campanha. Outro objetivo é encontrar formas para preparar as pessoas visando à inserção no mercado de trabalho.
No campo político, Aryldo Zoccante afirma que vai cobrar da futura administração melhorias imediatas na saúde e em outros setores mais citados pela população (transporte, infraestrutura, etc.). Conforme o contabilista, suas cobranças não são pessoais, já que tem boa relação com os adversários políticos.
Por fim, uma mensagem própria da militância: as eleições passam, os problemas permanecem e precisam ser resolvidos. “Precisamos soluções”, aponta, complementando que a campanha foi curta para o debate e para que fosse mais conhecido da população.