De acordo com a Sanepar, as chuvas recentes e o volume de precipitação previsto para os próximos dias não são suficientes para recuperar o nível de água
REINALDO SILVA
Da Redação
Os ribeirões Arara e Floresta, em Paranavaí, perderam aproximadamente 40% de vazão, consequência da longa e severa estiagem que atingiu o Noroeste do Paraná nos últimos meses. Os dois são as principais fontes de captação de água para distribuição no município.
Apesar da redução de nível, o gerente regional da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Heterley Ubaldo, garante que a crise hídrica não teve efeitos sobre o abastecimento. Com a situação controlada, ele descarta a possibilidade de implantação do sistema de rodízio, quando se faz necessário alternar a distribuição de água entre os bairros como medida de economia.
O cenário é semelhante em todas as 24 cidades atendidas pela Sanepar no Noroeste.
O acompanhamento é diário. Em Paranavaí existe um centro operacional de monitoramento que permite controlar o volume de captação e produção de água tanto nos ribeirões Arara e Floresta quanto nos 13 poços espalhados em bairros e distritos.
Ubaldo cita também o limite de outorga, que estabelece o volume máximo permitido para a retirada diária dos ribeirões e dos poços.
A partir dessas medidas de supervisão estruturada, a Sanepar consegue identificar eventuais déficits e fazer investimentos na perfuração de novos poços ou na ampliação dos já existentes. Por enquanto, diz o gerente regional, não há detalhes sobre a aplicação de recursos em obras no Noroeste.
CHUVA – Ubaldo afirma que o volume de precipitação registrado recentemente e previsto para os próximos dias é muito abaixo da média histórica e é insuficiente para recuperar o nível do Arara e do Floresta. O fenômeno climático conhecido com La Niña é o principal responsável pela redução nos índices pluviométricos que castiga principalmente o Noroeste do Paraná.
Os dois ribeirões fornecem o equivalente a 80% da água consumida em Paranavaí, o restante sai dos poços localizados nos jardins São Jorge, Oásis e Morumbi, no Distrito de Sumaré e nas vilas rurais.
CONSUMO – Apesar das condições ora confortáveis, Ubaldo chama a atenção para a importância do consumo consciente, especialmente no período mais quente que se aproxima. Ele enumera algumas orientações:
- Reutilizar a água da máquina de lavar roupas
- Não utilizar o jato de água da mangueira para varrer quintais e calçadas
- Fechar devidamente as torneiras que não estiverem em uso
- Controlar o tempo do banho
- Verificar se há vazamentos no imóvel
- Usar a água do balde – e não da mangueira – para lavar o carro.
PISCINAS
Durante a temporada de calor, cresce o número de moradores com piscinas pequenas – de 500 ou mil litros, por exemplo. Pensando nisso, o gerente regional da Sanepar pede que façam o tratamento coreto da água, evitando o descarte frequente.
Tanto para os modelos infláveis quanto para os de fibra, o primeiro passo é cobrir quando não estiver em uso, o que evita a poeira, as folhas e os insetos.
A aplicação de alguns produtos contribui para manter a limpeza por mais tempo: são quatro gramas de cloro granulado ou 15 mililitros de cloro líquido para cada mil litros de água – três vezes por semana. Outra orientação é aplicar cinco mililitros de algicida para cada mil litros de água – uma vez por semana.