Cuidar de pacientes idosos não é apenas uma opção profissional do médico paranavaiense Adilson Silvestre. “Eu vejo como uma missão de vida”, diz ele, que este ano terminou a residência em Clínica Médica, pré-condição para se especializar em geriatria. O médico já começou a segunda residência. Está fazendo em Sarandi, vizinha a Maringá.
Foi com esta vocação que o médico decidiu visitar o Centro de Convivência do Idoso (CCI) e conversar com seu fundador, o empresário Maurício Gehlen. “Já estava nos meus planos conversar com o Maurício. Mas queria esperar a hora certa. Recentemente, conversando com uma amiga sobre meus planos como médico, ela disse que eu deveria conversar com o Maurício. Esta amiga foi com ele para o Japão em 2013, quando ele conheceu os centros de convivência e percebeu que ele se apaixonou pela ideia. Quando ela terminou de falar, decidi: chegou a hora da conversa”, conta.
Conspirava a favor da conversa um outro fato: a mãe do médico, com 64 anos, frequentou o CCI durante um ano. Só parou porque as atividades foram suspensas por conta da pandemia da Covid-19.
No encontro, ocorrido numa manhã de um sábado, já na chegada, Silvestre contou que sua história de vida tem similaridade com a de Maurício: ambos se dedicam ao atendimento ao idoso também por causa dos pais: Gehlen perdeu os seus cedo e, como costuma dizer, “ficou com o sentimento de cuidar deles represado”. Dá vazão a isso no CCI. Já Silvestre teve que cuidar do próprio pai. Com a idade o pai ficou demente e ele foi o geriatra e o médico paliativista que o atendeu.
As mesmas convicções e a similaridade de vida provocaram uma afinidade entre os dois e o médico já manifestou interesse em ser voluntário do CCI quando forem retomadas as atividades ou até antes. A forma ainda será definida. “Estou muito feliz com a proximidade com o Adilson. É um médico consciente, comprometido, com grande espírito púbico, de cidadania e, sobretudo, tem um compromisso profissional, mas principalmente social, de proteger a pessoa idosa, dar qualidade de vida a ela, garantir uma vida digna até o último dia. Isto é fantástico”, diz Gehlen sobre o médico.
O profissional ficou impressionado com o que viu e avaliou que o CCI oferece um serviço de qualidade. “Embora não tenha visto funcionando, dá para se perceber que eles oferecem qualidade de vida”. Cita que o convívio social e atividades físicas podem ser mais favoráveis a um idoso do que medicamentos. Acrescenta que o CCI “não poderia ser melhor”. E que é um equipamento “de Primeiro Mundo. Não tenho nem como descrever. É o ambiente ideal ao idoso”.