REINALDO SILVA
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O Ministério da Saúde (MS) emitiu uma recomendação que reduz o intervalo entre a segunda e a terceira dose da vacina contra a Covid-19. O documento divulgado segunda-feira (20) explica por que o reforço deve ser feito em quatro meses e não em maior período, independentemente do imunizante utilizado. A estratégia inclui todas as pessoas com mais de 18 anos de idade. A preferência para a dose de reforço é pela Pfizer, sendo alternativas a Janssen ou a AstraZeneca.
De acordo com a resolução do MS, indivíduos imunocomprometidos acima de 18 anos que receberam três doses no esquema primário terão direito à quarta aplicação, quatro meses depois. Estão neste grupo, por exemplo, pacientes com imunodeficiência primária grave; quem faz quimioterapia para câncer, pessoas com HIV/Aids, pacientes em hemodiálise e pessoas com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Quem recebeu a vacina da Janssen e tem 18 anos ou mais precisa da dose de reforço pelo menos dois meses após a primeira aplicação. A princípio o imunizante teria dose única.
Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) deverão receber uma dose de reforço, preferencialmente com o imunizante Pfizer, a partir de cinco meses do esquema primário. Vacinas de vetor viral (AstraZeneca e Janssen) não são recomendadas para o uso em gestantes.
Região Noroeste – A 14ª Regional de Saúde está fazendo o levantamento da quantidade de doses disponíveis em cada município do Noroeste do Paraná, a fim de definir a logística de vacinação e organizar a distribuição dos imunizantes, seguindo as recomendações do MS.
A orientação para as equipes das secretarias municipais de Saúde é que não fechem as salas de vacina e sigam com as aplicações. Vale, inclusive, para aquelas que já tinham feito planejamento para interromper as atividades temporariamente e para as que já suspenderam a vacinação. Para os moradores, a recomendação é que busquem informações sobre os horários especiais de atendimento neste período de fim de ano.
Motivação – A nota técnica do Ministério da Saúde destaca a importância da imunização, que “já permitiu alcançar notáveis ganhos em saúde pública, reduzindo de maneira significativa a ocorrência de casos graves e óbitos pela Covid-19. No atual momento, amplia-se a vacinação em toda população adulta de maneira acelerada e há de se reconsiderar mudanças nas estratégias de vacinação em pessoas com mais de 18 anos de idade”.
São considerados também a amplificação da resposta imune com doses adicionais de vacinas e o cenário epidemiológico da pandemia em vários continentes que apresentam aumento de casos e óbitos, relacionados principalmente à baixa cobertura vacinal. A decisão do MS leva em conta, ainda, o avanço da nova variante do coronavírus, a ômicron, que já tem transmissão comunitária em São Paulo.