O brasileiro recebeu ao todo 48 pontos. Rodri ficou em segundo, com 43, e o meia inglês Jude Bellingham, também do Real Madrid, ficou em terceiro, com 37
LUCIANO TRINDADE
DA FOLHAPRESS
Menos de dois meses após ter vivido a frustração de perder o prêmio Bola de Ouro, da revista France Football, Vinicius Junior, 24, foi eleito nesta terça-feira (27) o vencedor do The Best, troféu para o melhor jogador do mundo escolhido pela Fifa (Federação Internacional de Futebol).
A nomeação do brasileiro foi feita em uma cerimônia em Doha, no Qatar, onde o camisa 7 defende nesta quarta-feira (18) o Real Madrid na final da Copa Intercontinental, contra o Pachuca, às 14h (de Brasília).
O clube espanhol se classificou para a competição como vencedor da Champions League, torneio no qual Vini teve suas melhores atuações, fundamentais para sua indicação ao troféu oferecido pela Fifa.
“Não sei nem por onde eu posso começar [agradecer], porque isso era tão distante que parecia impossível chegar até aqui. Eu era uma criança que jogava bola descalço nas ruas de São Gonçalo, perto da pobreza e do crime. E chegar aqui é algo muito importante para mim”, discursou Vini.
O brasileiro também mencionou em seus agradecimentos o Real Madrid, o técnico Carlo Ancelotti e fez questão de destacar o Flamengo, clube que o revelou. “Não poderia deixar de agradecer o Flamengo, que foi um clube que me botou no campo. E também agradecer a todos os jogadores da seleção brasileira e o meu país, que sempre torce por mim.”
A lista final da premiação da entidade máxima do futebol teve 11 jogadores indicados. Vinicius recebeu ao todo 48 pontos. Rodri ficou em segundo, com 43, e o meia inglês Jude Bellingham, também do Real Madrid, ficou em terceiro, com 37.
Segundo o regulamento da entidade máxima do futebol, o período de votação foi de 28 de novembro a 10 de dezembro. Portanto, ocorreu já sob influência do resultado da Bola de Ouro, entregue em 28 de outubro.
Criado em 1991, o prêmio da Fifa já havia discordado da mais antiga e tradicional premiação individual do futebol em dez ocasiões, sendo três envolvendo brasileiros: Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho.
Em 1994, Romário foi eleito o melhor do mundo pela Fifa graças ao brilho no tetracampeonato com a seleção brasileira, mas não pôde competir pela Bola de Ouro, que na época premiava apenas jogadores nascidos na Europa.
Em 2004, Ronaldinho Gaúcho, já consolidado como estrela do Barcelona, levou o prêmio da Fifa, mas viu a Bola de Ouro ser entregue ao ucraniano Andriy Shevchenko, atacante do Milan.