Militar aposentado, João Ravazi assume a identidade do Bom Velhinho há quase 50 anos e recebe crianças e adultos: tira fotos, conversa e conhece muitas histórias
REINALDO SILVA
Da Redação
Tente pronunciar estas palavras:
Julemanden
Joulupukki
Sinterklaas
Ded Moroz.
Difícil, não é mesmo? Parecem até trava-línguas. Parecem, mas não são. A brincadeira aqui proposta é para mostrar diferentes nomes e versões de uma figura muito querida, o Papai Noel.
A lenda conta que Papai Noel é um bom velhinho de barba branca e comprida e vestimentas vermelhas. Os assistentes dele são os duendes, responsáveis por fabricar os brinquedos que serão entregues às crianças que se comportaram durante o ano e obedeceram aos pais.
Na noite de Natal, Papai Noel viaja o mundo todo em um trenó puxado pelas renas e leva os presentes até as crianças. O Bom Velhinho espalha alegria e se diverte também.
Ele sorri ao receber a equipe do Diário do Noroeste. A casa no Parque Ouro Branco, em Paranavaí, tem portas abertas para o público, com visitação até o dia 23 de dezembro (segunda-feira).
“O Natal representa tudo para mim. Recebo crianças e adultos, todos com o mesmo carinho. Tiro fotos, converso e escuto muitas histórias”, disse Papai Noel.
O nome verdadeiro dele é João Ravazi. Tem 80 anos de idade e assume a identidade do Bom Velhinho há quase meio século. “Comecei aos 29 anos, quando era militar. Só parei nos dois anos da pandemia [de Covid-19].”
Ao longo de todo esse tempo, Ravazi conheceu pessoas e aprendeu que as melhores experiências de vida vêm acompanhadas de afeto.
Uma vez, ele recebeu um casal de idosos – o marido com 107 anos, a mulher com 105. Os dois eram moradores de uma cidade mato-grossense e estavam a passeio em Paranavaí. Nunca tinham tirado foto com Papai Noel e realizaram esse sonho. A imagem ganhou formato de pôster e foi parar a parede da casa da família. “Foi emocionante”, sintetizou Ravazi.
O episódio marcante o motiva a continuar. Fazer parte das lembranças de tantas famílias é especial. É a prova de que o Natal é, sim, um grande milagre.
Ah! E só para não deixar pontas soltas nesta história natalina, deixamos a seguir a lista com os países correspondentes aos nomes do Bom Velhinho citados lá no começo:
Julemanden – Dinamarca
Joulupukki – Finlândia
Sinterklaas – Holanda
Pai Natal – Portugal
Ded Moroz – Rússia.